Até o momento, cerca de seis milhões de animais foram incluído no Banco Nacional de Dados do Sisbov. A informação é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que divulgou esta semana um balanço da adesão dos pecuaristas ao novo Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov).
Segundo o coordenador de Sistemas de Rastreabilidade/Mapa, Serguei Brener, somente no mês de julho 1,41 milhão de animais migraram para o novo sistema, o que dá uma média diária de 47 mil cabeças ou 33 animais por segundo.
?Esse número atende à demanda brasileira de animais rastreados cuja carne é destinada para exportação. E essa crescente transferência mostra que o produtor está alerta?, explicou. Atualmente, 54 países exigem a rastreabilidade para importar carne, incluindo a União Européia.
O prazo para os pecuaristas aderirem ao novo Sisbov termina no dia 31 de dezembro deste ano. ?Os animais que não migrarem serão excluídos do sistema após a data limite. As datas estão sendo rigorosamente cumpridas?, alertou Brener. Cerca de 72 milhões de animais estavam registrados no antigo Sisbov.
A expectativa do coordenador é de que na próxima etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa haja uma expressiva adesão dos pecuaristas, que aproveitam a oportunidade em que o gado está reunido para fazer a identificação do animal por meio da brincagem. ?Esta identificação já é meio caminho andado para a inclusão no sistema.?
Segundo Brener, o Estado do Mato Grosso do Sul, que possui um rebanho de 25 milhões de cabeças, tem o maior número de animais vivos incluídos no novo sistema, correspondendo a um total de 8,5 milhões de animais no banco de dados do antigo Sisbov, e 1,397 milhão no sistema atual. ?Os pecuaristas do Mato Grosso do Sul estão na expectativa da abertura do mercado externo e estão se antecipando?, avaliou o coordenador referindo-se à possibilidade de o estado voltar a exportar carne após o controle dos focos de febre aftosa ocorridos em 2005.
O coordenador salientou ainda que os frigoríficos têm estimulado o produtor a efetuar o cadastro no Sisbov pagando cerca de R$ 2,00 a mais pela arroba em comparação com animais não rastreados. ?O custo que o produtor tem é na auditoria para certificar e aprovar a propriedade, conforme a exigência do mercado comprador. Mas este custo é compensado com o preço maior pela arroba?. Na avaliação de Serguei Brener, além de atender as exigências dos países importadores, a rastreabilidade pode gerar ganhos na propriedade. ?O produtor tem maior controle do desempenho de cada animal, aproveita os dados para buscar outros ganhos e gerencia melhor o seu negócio.?
Atualmente, 53 empresas estão autorizadas pelo Ministério da Agricultura para fazer a certificação. Brener disse que esse número de certificadoras dá margem aos pecuaristas negociarem os custos. ?A concorrência pode mexer no custo, pois o diferencial em relação ao sistema antigo está justamente na auditoria para certificar e aprovar a propriedade.? (Mapa)
