Seis dos sobreviventes do acidente aéreo correm risco de vida

Seis dos 13 sobreviventes do acidente aéreo com um avião Bandeirante da Força Aérea Brasileira (FAB) ainda correm risco de vida e permanecem internados em estado grave nas UTIs dos hospitais. Os corpos das três vítimas fatais – o primeiro-tenente Toni Gonzaga de Brito, Cláudia Stanganelly e Maria Cristina Batista Lima- retornaram hoje para as cidades de origem, onde seriam sepultados.
A aeronave fez um pouso forçado ontem, por volta das 11h20, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba). O aparelho caiu em uma área desabitada, às margens da rodovia BR-116, localizada a cerca de dois quilômetros da cabeceira da pista do Aeroporto Afonso Pena. No avião, viajavam nove militares e sete parentes deles. De acordo com a Aeronáutica, o Bandeirante partiu do Campo de Marte (SP) para Florianópolis (SC), com destino final previsto em Canos (RS), onde uma equipe desembarcaria para uma visita técnica em um dos parques da corporação.
O 3o. sargento Márcio dos Santos Queiroz, que estava a bordo do avião, contou hoje que minutos antes de o Bandeirantes chocar-se contra o chão, o comandante Gláucio Otaviano Guerra, que pilotava a aeronave, pediu aos passageiros que afivelassem o cinto de segurança e se preparassem para um pouso forçado.
– O capitão tentou descer no campo para não bater nas casas da região – afirmou.
Guerra lembrou ainda que, após a queda, permaneceu por alguns minutos dentro do aparelho e só depois tentou sair dos destroços para pedir socorro. Sem saber das mortes dos colegas de viagem, ele disse que esperava que todos estivessem bem. Em estado grave, o comandante foi transferido hoje do Hospital Evangélico para o Hospital Geral do Exército, onde deveria passar por cirurgias.
O corpo da mulher dele, Cláudia Stanganelly, que morreu no local do acidente, foi levado para Canoas (RS), o do co-piloto Brito foi transferido para Brasília e o de Maria Cristina foi levado para Santo André (SP).
O comandante do Sindacta2, Coronel Silvestre Coelho, informou hoje que uma equipe médica estava avaliando quais os sobreviventes que já poderiam ser transferidos para o hospital da unidade para que pudessem ser acompanhados pelos parentes que estavam chegando em Curitiba. Laudo sobre as prováveis causas do acidente deve sair entre 30 e 90 dias.

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