Foi por vingança que a ex-namorada do pedreiro Edson Floriano de Sales, 50 anos, matou e arrancou a genital dele. O crime foi registrado em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), em 14 de julho deste ano. A mulher se apresentou à Polícia Civil nesta semana e alegou que cometeu o assassinato por ter descoberto que o homem havia abusado sexualmente da sua filha caçula. Mesmo com a confissão, por não estar em situação de flagrante, ela foi ouvida e liberada em seguida.
“Ela se sentiu pressionada pelas investigações e foi orientada pelo advogado. Nós já tínhamos que ela era a autora e considerávamos esse tipo de motivação devido à brutalidade dos fatos, então agora o trabalho continua para apurar se outras pessoas participaram ou não do crime”, explica o delegado Reinaldo Zequinão, responsável pelo caso. Em depoimento, a mulher esclareceu que manteve um relacionamento amoroso com Edson por alguns meses e que, após o fim do namoro, soube pela filha do que tinha acontecido. “Ela disse que chegou a morar com a vítima por um tempo e levou os filhos junto”.
Ainda conforme a Polícia Civil, a mulher teria contado que ficou revoltada e decidiu ir até a casa do pedreiro para tirar satisfações. “Foi quando os dois se desentenderam, entraram em luta corporal e, com ele já dominado, ela matou e depois mutilou o corpo dele”. A informação é a de que o homicídio foi cometido com um martelo.
Onde foi parar?
O corpo de Edson foi localizado dentro da casa onde ele morava, no bairro Jardim das Graças. Depois de sentirem um cheiro muito forte de gás, alguns vizinhos entraram no imóvel e se depararam com o cadáver nu sobre a cama, no quarto, com um travesseiro sobre o rosto.
Todas as bocas do fogão estavam abertas, mas o que chamou mais a atenção na época foi o fato de que a parte decepada do corpo do pedreiro nunca foi localizada. “Ela diz que deixou no local, mas nem o IML nem encontraram a genital”.
Mãe e filha
Diante dos argumentos da mulher, que não teve a identidade divulgada, a Polícia Civil encaminhou menina supostamente abusada sexualmente para o Instituto Médico-Legal de Curitiba (IML), para exame de corpo de delito. “Precisamos saber se isso realmente aconteceu”, afirma o delegado.
Já a mulher segue em liberdade por enquanto. “Como ela se apresentou espontaneamente, não tem antecedentes criminais e é ré primária, nós não vimos a necessidade de pedir a prisão cautelar neste momento, antes do trânsito em julgado”.