Três jovens foram presos na última quarta-feira (4) por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito – entre elas uma submetralhadora, uma escopeta e pistolas – e posse de veículo roubado. Eles até pagaram fiança para sair da cadeia, mas o delegado Tito Barichello, da delegacia de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foi ágil.
Com a ajuda de sua equipe, o delegado reuniu diversas provas de outros crimes em que o trio estaria envolvido e solicitou um pedido de prisão temporária, acatado com sucesso. Com a prisão decretada pela justiça, eles acabaram gastando os R$ 10 mil de cada fiança à toa e assim, seguem presos na carceragem da delegacia, suspeitos de envolvimento em outros crimes.
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“Cada um deles pagou R$ 10 mil e não houve erro do judiciário, a justiça não acatou o meu pedido de prisão preventiva daquele flagrante inicial, onde foram presos com armas. Na sequência, no tempo em que ficaram presos, instauramos outro inquérito com diversas provas que foram levantadas e quando o advogado chegou com o pedido de liberdade, a prisão já havia sido decretada”, explicou.
Trinta tiros nas costas
De acordo com a polícia, Cassiano – conhecido como “Maconha”, 21 anos, Jhonatan 21, e Luís Felipe, 24, têm envolvimento em um homicídio em que a vítima foi atingida por trinta tiros nas costas. A esposa do homem morto chegou a presenciar o crime e levou um tiro no braço, enquanto fugia.
Além disso, o delegado reforça algumas evidências, como o relato de testemunhas sobre um veículo Celta vermelho roubado utilizado no crime e alguns áudios, encontrados no celular de um dos presos, conversas em que os jovens contam sobre o crime para um quarto suspeito, que está sendo investigado pela polícia. Outra testemunha ainda teria relatado aos policiais que viu os homens em uma distribuidora de bebidas próximo ao local do crime. A morte tem relação com o tráfico de drogas.
‘Cara de pau’
Durante apresentação à imprensa, Luís Felipe permaneceu virado para frente e fazendo algumas piadas com a situação, dizendo que é bandido mesmo, mas que não cometeu alguns dos crimes mencionados.
Já Cassiano Esteves Sardinha, vulgo “Maconha“, não virou para as câmeras e se recusou a mostrar uma tatuagem com uma folha de planta de maconha que tem no pescoço, conforme a polícia. Quando questionado sobre os áudios que parecem ter sua voz, ele alega que tudo não passou de um engano.
Por fim, Jonathan ficou calado do começo ao fim. O trio permanece preso na carceragem da delegacia de Almirante Tamandaré (RMC) e aguarda, à disposição da Justiça.
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