Não durou muito tempo. Menos de 24h após ser preso, o trio flagrado durante uma tentativa de furto ao cofre de uma agência bancária de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foi solto nesta terça-feira (29). Segundo a decisão, da juíza Carolina Maia Almeida, da 2ª Vara Criminal da cidade, a ordem pela soltura se deu pelo crime não ter sido cometido o emprego de violência.
Os três rapazes foram presos na segunda-feira (28), logo depois que uma denúncia anônima informava que alguma coisa estranha estava acontecendo numa igreja que fica ao lado do banco. Quando os policiais chegaram, perceberam que a ação estava ainda acontecendo e que não era na igreja e sim na agência bancária, de onde vinha até fumaça.
+ Fique esperto! Perdeu as últimas notícias sobre segurança, esportes, celebridades e o resumo das novelas? Clique agora e se atualize com a Tribuna do Paraná!
Ao entrar no banco, os policiais perceberam que os homens ainda estavam dentro do local e surpreenderam o trio, que tentava escapar com pouco mais de R$ 465 mil do banco, mas os três homens acabaram presos e não reagiram. Encaminhados ao Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, em Curitiba, os três homens não ficaram nem um dia completo presos.
+Leia mais! Temperatura chega aos 34 graus hoje em Curitiba. Chuva deve refrescar!
No despacho da juíza, ela detalhou como a ação aconteceu antes de dar a decisão. “Os flagranteados foram encontrados no cofre do banco e já tinham colocado em uma mala R$ 465.180,00, em espécie e dois revólveres. Os flagranteados utilizaram-se de uma makita, pé de cabra e máquina de corte para entrar no banco e arrombar o cofre”.
Utilizando o artigo 310 do Código de Processo Penal, a juíza sustentou a soltura do trio e justificou. “Tal delito não se reveste de especial gravidade, uma vez que não foi cometido com o emprego de violência, o que demonstra que os flagranteados não apresentam alto grau de periculosidade”, defendeu ela, reforçando que “assim, sua segregação provisória não se faz necessária à garantia da ordem pública”.
A decisão da soltura do trio foi tomada sem que houvesse uma audiência de custódia, o que é padrão em casos de prisão em flagrante. A juíza justificou que isso aconteceu “em razão da dificuldade de se promover imediatamente a escolta dos presos”, o que somente poderia ser um dia depois, “sendo mais benéfico aos acusados serem desde logo postos em liberdade, pois preenchem as condições para tanto”, disse Carolina Maia.
+Viu essa? “Ti amo” riscado na porta e vidros de carro quebrados surpreendem casal em Curitiba
Alertando que, caso os três presos tivessem sofrido algum tipo de tortura, isso teria que ser denunciado pelos próprios. “Caso os acusados tenham sofrido tortura ou maus tratos desde o momento que foram detidos até a efetivação de suas solturas, poderão comunicar a ocorrência imediatamente a esse Juízo ou ao Ministério Público”.
No despacho, a juíza também citou que a pena prevista para o crime que o trio praticou, de dois a oito anos, é pequena e que eles sequer ficariam presos. “A decretação da prisão preventiva, no presente caso, seria desproporcional, pois caso os suspeitos sejam condenados pela prática do crime imputado, não cumprirão a pena em regime fechado, não sendo razoável, desta forma, que aguardem o transcurso do processo na prisão”.
Regras pra se manterem soltos
Apesar de ordenar que fossem soltos, a juíza, por fim, fixou algumas medidas cautelares, mas nada muito rigoroso. Ela obrigou que os três mantenham o endereço atualizado, os proibiu de sair da cidade onde residem por um período superior a oito dias sem que comuniquem a Justiça e deixou claro que, caso descumpram estas duas medidas, poderão ser decretadas as suas prisões preventivas.
Ação semelhante
Nesta quarta-feira (30), uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF) foi alvo de uma ação de bandidos. Dessa vez, a ação aconteceu na Avenida Sete de Setembro, no bairro Santa Quitéria, em Curitiba, e o que a Polícia Militar (PM) informou é que um caixa eletrônico foi violado. A quantia em dinheiro levada não foi informada e a ação, por se tratar de uma agência da CEF, vai ser investigada pela Polícia Federal (PF).
+ APP da Tribuna: as notícias de Curitiba e região e do trio de ferro com muita agilidade e sem pesar na memória do seu celular. Baixe agora e experimente!
Curitibana pede socorro pra doença rara e sentencia: Cansei de ser fatiada