Suspeitos de integrar a quadrilha que roubou mais de R$ 100 milhões da empresa de valores Prosegur na Cidade de Leste “tocaram o terror” na fronteira entre Brasil e Paraguai na tarde desta segunda-feira (24). Eles invadiram o estado do Paraná pelo Lago do Itaipu e se envolveram em confrontos com a polícia nas cidades de Itaipulândia e São Miguel do Iguaçu. Três suspeitos foram mortos e nove foram capturados, dois deles apresentando ferimentos.

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De acordo com a Polícia Militar de Itaipulândia, a situação começou logo após a travessia, por volta das 13h, quando a equipe do Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom) da Polícia Federal avistou os bandidos com armamento de guerra e acionou todas as forças policiais da região. Houve troca de tiros no local e diversos fuzis e submetralhadoras foram apreendidos.

A confusão continuou no município de São Miguel do Iguaçu, cerca de 30 quilômetros da fronteira. “Aqui, nosso trabalho começou às 15h, quando a PF solicitou apoio. Os criminosos entraram em confronto armado com as equipes e roubaram uma viatura do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), que recuperamos logo depois”, informou o capitão da Polícia Militar de São Miguel do Iguaçu, Damião dos Santos.

Ainda segundo ele, as três mortes e os dois feridos foram registrados no município. “Encaminhamos um deles para o hospital e o outro baleado para a PF. Além disso, apreendemos três fuzis, munições, uma pistola e uma sacola contendo seis bananas de dinamite e dois coletes balísticos”, enumerou o capitão, que também contabilizou seis veículos recuperados – uma Hilux, um Gol, uma Ford F-250, uma minivan Spin, um Corolla e a viatura roubada. Nenhum policial ficou ferido.

Armamento apreendido com marginais detidos. Foto: Sesp/Divulgação

Explosão

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Ao menos 30 homens com armas de guerra invadiram o prédio da empresa de valores Prosegur, em Cidade de Leste no Paraguai, explodiram os cofres e realizaram um dos maiores assaltos da história do país. Fortemente armados, os criminosos bloquearam ruas, incendiaram veículos e dispararam rajadas contra prédios públicos. Acuada, a polícia pediu reforços e munições. Um policial do Grupo Especial de Operações da polícia paraguaia foi atingido e morto.

“Mercosul” do crime

De acordo com a delegada Denise Duarte, que investiga o assalto, testemunhas disseram que a ação foi praticada por um “esquadrão do crime” e que os criminosos falavam português. No início da noite, a Polícia Federal confirmou a participação de bandidos do Rio de Janeiro e São Paulo, além de paraguaios, envolvidos no assalto.

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A suspeita é de que o assalto tenha sido praticado por grupos ligados a organizações criminosas brasileiras que disputam o controle da fronteira, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).