Campo Largo

Três homens são presos por conta da morte de motorista do Uber

Em dez dias de investigação, a Polícia Civil de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) elucidou a morte do motorista do Uber Rodrigo Ângelo Lopes Cordeiro, de 37 anos. Três suspeitos do crime foram presos, na última sexta-feira (28), e um adolescente identificado. O motivo, segundo as investigações, foi banal.

O assassinato foi descoberto no dia 18 de julho, depois que o motorista foi encontrado morto em uma estrada rural da cidade. Segundo a polícia, os rapazes se desentenderam com a vítima.

Os quatro, segundo as investigações, entraram no carro de Rodrigo ainda em Curitiba, onde pegaram uma carona com o motorista, mas sem ser pelo aplicativo, rumo a Campo Largo. “Eles não se conheciam, mas no caminho, usaram drogas e consumiram bebida alcoólica. Certo tempo depois, teriam discutido, o motorista disse que eles eram uns ‘zé ninguém’, e os rapazes decidiram matá-lo”, contou o delegado Cassiano Aufiero.

Depois de enforcarem o motorista com um cadarço de tênis e o matarem com várias garrafadas, os quatro abandonaram o corpo e roubaram o carro, que foi usado para alguns assaltos na cidade. “Soubemos que foram quatro roubos, mas até agora só temos o registro oficial de um”.

Rastreando os vestígios

Com as investigações, a polícia conseguiu encontrar vestígios deixados pelos suspeitos do assassinato e, a partir de um rastreador, teve acesso a rota feita pelo motorista. Alex Willian Santana, 18 anos, Bruno Adriano da Silva, 20, e Alan David Silva Mariano, de 27, foram presos todos na mesma região em que moravam, no bairro Monsenhor Francisco Gorski.

Além do trio, os investigadores identificaram ainda um adolescente que também teria participado do assassinato e dos assaltos posteriores ao crime. “Pedimos o mandado de busca e apreensão deste rapaz, e aguardamos agora que saia para que possamos cumpri-lo”.

Na delegacia, conforme informou o delegado, os três confessaram o crime. “O motivo foi bem banal, disseram que mataram o motorista porque ele os provocou e eles se irritaram com isso. Acontece que usaram, depois do assassinato, o carro da vítima, então, vão responder também por latrocínio (roubo com morte)”, explicou Cassiano Aufiero.

Um par de botas, que pertencia ao motorista, foi apreendido sujo de sangue. A polícia também recolheu as roupas que os jovens usavam no dia do crime, inclusive que fizeram com a vítima do assalto, que registrou o boletim de ocorrência, os reconhecesse.

Busca por outras vítimas

A Delegacia de Campo Largo recebeu, até esta terça-feira (1), apenas um registro de assalto que teria sido feito pelos quatro. “O que nós pedimos, é que as outras vítimas destes rapazes nos procurem e registrem os roubos também, porque aí saberemos, ao certo, quantos assaltos foram”. O telefone da delegacia é o (41) 3291-6100.

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