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Caio Vinicius Portela da Luz de Jesus, de 22 anos, foi preso suspeito de matar Cláudio Maldonado Fadel, na noite do dia 20 de dezembro de 2016, no bairro Cristo Rei, em Curitiba. O rapaz, detido na última sexta-feira (3), nega o crime e diz que ainda chamou a Polícia Militar (PM) porque presenciou uma briga entre moradores de rua.

O crime aconteceu depois de um suposto furto de um celular de um amigo de Caio. Conforme o delegado Cássio André Dias Conceição, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o rapaz foi atrás do aparelho e teria começado a agredir uma moradora de rua. Cláudio, que passava pelo local, tentou intervir. “A mulher foi socorrida e ficou alguns dias internada. Já o homem, não resistiu”, explicou.

Os investigadores chegaram até o rapaz através de testemunhas, conforme a DHPP. “Algumas pessoas viram o crime. Durante as investigações nós conseguimos descobrir outros detalhes, fizemos o reconhecimento do Caio e descobrimos que ele era o suspeito”, disse o delegado. Além do rapaz, a polícia acredita que pelo menos outros três homens teriam agido.

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Em casa

Foto: Gerson Klaina.

Na delegacia, Caio negou o crime e disse que ele chegou em casa quando os moradores de rua estavam brigando. “Eram umas 15 pessoas. Vi que eles estavam brigando, parecia que tinham tentado estuprar a mulher. Entrei em casa e chamei a PM. Depois não saí mais”, contou o rapaz.

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Ainda conforme o suspeito, a região é tomada por moradores de rua. “É complicado viver ali. Mas eu não tinha nem como me envolver na briga deles, pois eram muitos. E eu também não tinha motivo pra me queimar desse jeito, eu sim tenho tudo a perder, emprego, família”, desabafou Caio. O rapaz disse que vai provar a inocência. “E espero que a polícia encontre o verdadeiro autor do crime”.

Segundo a DHPP, existem provas contra Caio. Ele vai responder pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio, com pena de 12 a 30 anos de reclusão. As investigações seguem para apurar se o rapaz teve ou não a ajuda de outras pessoas. Denúncias podem ser feitas através do 0800-643-1121.