Everton Marcelo Fonseca Patek, Rose Aparecida Martins e Franciele Ferreira Bonfim foram presos, nesta quinta-feira (28), suspeitos de participarem da morte do motorista do Uber Alex Srour Ribeiro. Segundo a polícia, a prisão foi no Bairro Alto, em Curitiba. O trio foi apresentado nesta manhã pelo delegado-titular do Tigre, Luiz Fernando Artigas.
O rapaz foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira (27) em meio a um matagal, de mãos e pés amarrados, na Avenida Ferroviários, no Jardim Santa Mônica, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
A polícia suspeita que um adolescente e Maicon Martins Carvalho e Marcelo Henrique de Oliveira Prestes, que ainda estão foragidos, tenham participado do crime. O adolescente, segundo a polícia, teria dado uma das facadas em Alex. A intenção dos policiais civis, que continuam mobilizados, é prendê-los.
Veja o momento da apresentação do trio:
Segundo a polícia, a quadrilha preparou toda a ação. “Através de um celular, como se fossem clientes, pediram uma corrida e, pelo que apuramos, assaltariam o motorista que viesse”, explicou o delegado. Quando Alex chegou, foi rendido e depois morto. “Ele teria reagido e aí levou primeiro uma facada e depois eles o mataram com golpes de martelo”.
O trabalho do Tigre foi difícil, conforme o delegado, mas as investigações foram rápidas porque a polícia queria pegar, em tempo, a materialidade do crime. “E foi exatamente o que conseguimos a partir de um trabalho de inteligência. Quando chegamos aos suspeitos, eles ainda estavam com o celular da vítima e aí confirmamos todas as suspeitas, mas tivemos que agir rápido pra evitar que se desfizessem dessa materialização do crime”.
O celular da vítima foi apreendido, mas o carro não foi encontrado e os policiais descobriram que foi vendido por, aproximadamente, R$ 1 mil. As investigações vão continuar, justamente porque faltam três pessoas a serem encontradas, entre elas o adolescente, que teria dado pelo menos um golpe de faca.
Celular visado
O delegado responsável pelas investigações contou que era pelo celular de Rose Aparecida Martins que as chamadas eram feitas pelo Uber. “Apuramos que, em um mês, a mesma conta do aplicativo fez 16 pedidos de corridas. O que queremos saber agora é se foram feitos 16 assaltos ou se, de alguma forma, essas ações não foram concretizadas por algum motivo. Justamente por isso que as investigações continuam”, explicou o delegado Cristiano Quintas.
A orientação de ambos os delegados que trabalharam no caso foi a de que os motoristas, tanto de aplicativos como também de táxis, sempre comuniquem as empresas que foram vítimas de assaltos. “E acreditem que vocês podem trabalhar em paz, porque ainda existe muita gente de bem”, considerou Luiz Artigas. Sobre o paradeiro do adolescente, de Maicon e Marcelo, a Polícia Civil pediu que denúncias sejam feitas pelo telefone (41) 3270-1950.