Chegou a Curitiba!

Suspeito de matar mulher e esconder o corpo se recusa a colaborar com as investigações

Suspeito de matar e esconder o corpo da esposa no bairro Abranches, Alexandre Bilas do Nascimento, 39 anos, chegou a Curitiba nesta quinta-feira (3). Ele foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Santa Catarina (SC), no último dia 16, enquanto fugia. Lindiane Navarro Corrêa, mãe de dois filhos, continua desaparecida desde dezembro de 2017, o que faz com que a polícia compare o caso ao do goleiro Bruno, que é suspeito de mandar matar a modelo Eliza Samúdio e também sumir com o corpo.

Assim que chegou, imediatamente Alexandre foi ouvido pelos policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas ele não quis ajudar com as investigações. “Falou pouco, preferiu manter-se calado. Entretanto, esse rapaz tem muito a esclarecer, pois é a única pessoa que pode trazer alguma informação a respeito do paradeiro da vítima, já que acreditamos que seja muito pouco provável que ela esteja viva”, explicou o delegado Fábio Amaro.

Desde o dia em que desapareceu, ninguém da família teve mais contato com Lindiane. “Depois do desaparecimento, ele entregou os filhos para a família da mulher e fugiu. Antes, também teria ameaçado o pai e a mãe de Lindiane, até agredindo o pai”, contou o delegado.

O homem foi encontrado em Santa Catarina, pois nem imaginava que estava sendo monitorado. “Foi abordado numa blitz com uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsa. Além de ter contra si um mandado de prisão expedido pelo desaparecimento da Lindiane, ele também tinha outros dois mandados de prisão. Uma pessoa fria e violenta”.

Investigações

Sobre o crime em si, a DHPP conseguiu poucos detalhes, uma vez que a única pessoa que conseguiria contar detalhes é Alexandre e ele se recusa a falar. “Mas nós apuramos que o casal vivia um relacionamento turbulento, inclusive ela tinha sido agredida outras vezes, mas nunca denunciou. Além disso, encontramos sangue na sala da residência do casal, durante cumprimento de um mandado de busca e apreensão domiciliar”.

Para o delegado, provavelmente o sangue encontrado era de Lindiane. “Muito provavelmente, o que, neste caso, se caracteriza como uma prova indireta. Com certeza essa prova vai ser utilizada no Júri Popular, mesmo que não seja localizado o corpo da vítima”, destacou Amaro.

Em conversa com os policiais, Alexandre chorou. Quando foi apresentado à imprensa, muito nervoso, ele também não quis sequer mostrar o rosto e não comentou o crime. “Pode ser que tenha chorado de arrependimento e isso mostra que, se ele não devesse nada, não teria motivo para fugir”. A DHPP ainda não conseguiu nenhuma informação sobre o paradeiro da vítima, mas denúncias podem ser feitas pelo telefone 0800-643-1121.

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