Sete pessoas presas e mais de R$ 1 milhão em drogas sintéticas apreendidas. Esse foi o resultado da Operação “Love” desencadeada pela Divisão de Narcóticos (Denarc) de Curitiba nesta quinta-feira (8). A ação teve o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico em festas eletrônicas. Com os suspeitos, foram encontrados 17 mil pontos de LSD, 6 mil comprimidos de ecstasy e 5 quilos de maconha.
De acordo com o delegado Rodrigo Souza, esta quadrilha atuava no Paraná e em Santa Catarina, principalmente em Curitiba e Balneário Camboriú. Por isso,
a operação aconteceu nos dois estados com mandados cumpridos em Itajaí e na capital paranaense.
“Ao todo, foram cumpridos 20 mandados durante a operação, sendo sete de prisão, 10 de busca e apreensão e três de condução coercitiva”, disse.
Ainda segundo a Polícia Civil, a quadrilha em Santa Catarina era liderada pela dupla Lucas Godinho e Gonçalves, de 26 anos, e Luiz Antônio de Souza Filgueiras, 47. Já no Paraná, o chefe era o empresário Pedro Henrique Hohmann dos Santos, 22, dono de uma loja de celulares no bairro Portão.
“A droga sintética é muito difícil de ser encontrada, mas, com a ajuda dos nossos cães, conseguimos localizar o produto no banheiro do estabelecimento comercial e também na residência do rapaz e na casa de sua namorada”.
Diante da grande apreensão realizada, o delegado garante que esse era um dos núcleos de tráfico de drogas sintéticas mais ativa em Curitiba. “E eles conseguiram esse espaço porque a maioria dos usuários acha que essas drogas não fazem mal. Oque essas pessoas precisam entender é que as quadrilhas investem em armamento, corrupção e existe um complexo de crimes ao redor do produto”, explica.
Vai continuar
Agora, as investigações continuam a fim de descobrir a procedência dessas drogas. “Pode existir tráfico internacional devido à proximidade com o porto. Então, a partir do momento que tivermos evidências disso, passaremos o caso para a Polícia Federal”.
Por que “love”?
O nome da operação foi dado em razão das supostas propriedades estimulantes atribuídas às drogas sintéticas. No entanto, Rodrigo garante que essas propriedades não passam de “conversa fiada” para enganar os jovens.
“Os vendedores falam isso, mas pesquisas mostram que é o contrário, prejudicando o ato sexual para homens e mulheres”, afirma.