A Divisão de Combate à Corrupção (DCCO) prendeu, nesta terça-feira (24), seis funcionários públicos do Paraná que seguiam trabalhando mesmo com mandados de prisão expedidos pela Justiça. Entre os servidores, que não tiveram os nomes divulgados, estão dois professores, uma agente educacional, um agente penitenciário, um técnico de enfermagem e um policial militar. Um sétimo funcionário, que trabalha no SAMU em Maringá, não foi localizado pelos policiais.
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As prisões ocorreram nos municípios de Curitiba, Colombo, Matinhos, Maringá e Assis Chateaubriand. De acordo com o delegado Renato Figueroa, que comanda a DCCO, os mandados são frutos de ações referentes a corrupção passiva, tráfico de influência, atentado violento ao pudor, porte ilegal de armas e outros ilícitos.
“O não cumprimento desses mandados é fruto de uma deficiência de comunicação entre o Poder Judiciário e a polícia. A DCCO é responsável por esses casos porque os ilícitos foram praticados por servidores públicos”, explicou Figueroa. Ainda segundo o delegado, nenhum dos casos foi fruto de investigações do DCCO nem resultou em dano ao erário.
A reportagem pediu à DCCO as datas em que os mandados foram expedidos, mas a assessoria informou que não poderia fornecer os dados.
Cruzamento de dados
A identificação dos servidores foi possível por conta de um cruzamento de informações da Controladoria-Geral do Estado com as da Polícia Civil. Os dados, que vêm sendo acumulados desde 2016, foram compartilhados por conta de um termo de cooperação assinado entre a DCCO e a Controladoria.
“Agora, após a prisão dos servidores, vamos oficiar as secretarias responsáveis para cobrar providências. Cada caso deve ser apreciado, mas os funcionários podem ser demitidos”, disse o Controlador-Geral do Estado, Carlos Eduardo de Moura.
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Em todo o Paraná, de acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 26.158 mandados de prisão estão em aberto – o número não corresponde ao número exato de foragidos, já que pode haver mais de um mandado por pessoa.
A DCCO foi lançada pela governadora Cida Borghetti (PP) em maio. A estrutura congrega as polícias Civil, Militar, Ambiental e Rodoviária Estadual, além da Receita estadual e da própria Controladoria. O objetivo é permitir que esses órgãos trabalhem em conjunto na investigação de casos de corrupção.
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