Tratado inicialmente como latrocínio – quando há morte acompanhada de roubo-, o crime que tirou a vida do soldado do 13º Batalhão da Polícia Militar (PM) Marco Rodrigues Ferreira, 40 anos, passou a ter outra linha de investigação. Na noite de sexta-feira (28) a esposa do policial militar foi chamada à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro de Curitiba, para prestar depoimento. Em seu relato, que durou horas, de acordo com informações não confirmadas oficialmente pela polícia, ela confessou ter mandado matar seu marido.
Segundo a mulher do PM assassinado, o autor dos disparos seria um soldado do exército, um jovem de 18 anos, com quem ela teria um relacionamento extraconjugal. Ainda na madrugada deste sábado (29) o suspeito foi detido pela polícia, após ter sido encontrado em uma residência, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.
Conforme informações apuradas pela Tribuna, o jovem também confessou seu envolvimento com o crime. Com ele foram encontradas uma pistola .40, carregadores e munições, que pertenciam ao soldado Ferreira. Arma que teria sido usada para matar a vítima e que não estava no local do crime.
Pela manhã, a esposa do policial ainda estava na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, no entanto não há confirmação se ela permanecerá no local detida. Na DHPP, o delegado de plantão informou que a Polícia Civil não divulgará informações sobre o caso, no atual momento das investigações.
O crime
O assassinato do policial aconteceu na noite de quarta-feira (26), na casa em que morava com a família no Campo de Santana, em Curitiba. O bandido invadiu a residência, atirou contra o ombro do soldado e fugiu levando o carro dele.
A primeira informação era de que teria sido um assalto, mas como o carro foi abandonado e encontrado minutos depois do crime, a polícia passou a considerar a hipótese de um assassinato.