Pânico!

“Se eu morrer é culpa do sistema penitenciário do Paraná”, diz agente refém de presas

A rebelião de detentas da Penitenciária Feminina do Paraná (PFP) segue em clima de tensão na manhã desta sexta-feira (10). Desde a noite desta quinta-feira (9), a agente penitenciária Ana Paula e outras seis presas estão sendo feitas reféns.

Em um áudio que está circulando nas redes sociais, atribuído à agente carcerária, mostra o desespero da refém. Ela pede providências e faz críticas ao sistema penitenciário do Paraná. “Estão brincando com a minha vida. As reivindicações são as mesmas e nada é feito”, disse. Confira abaixo:

Segundo Petruska Sviercoski, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), está confirmado que a agente segue no local.  “A rebelião não acabou e as detentas tomaram mais galerias. As agentes deixaram o local e a situação está piorando”, disse.

Desencontro de informações

Pelo menos uma presa pode ter sido ferida. Foto: Colaboração
Pelo menos uma presa pode ter sido ferida. Foto: Colaboração

Em nota oficial encaminhada à imprensa, o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) informa que retomou as negociações com as presas da Penitenciária Feminina de Piraquara após um incidente dentro da unidade – quando foi detonado um artefato. Por questão de segurança, algumas detentas que estavam isoladas (seguro) foram transferidas.

Apesar de o Depen informar que houve uma explosão de um artefato no interior da ala feminina, enquanto a reportagem da Tribuna esteve no presídio, pelo menos quatro explosões foram ouvidas.

De acordo com o Depen, até o momento não há informações sobre feridos. No entanto, imagens que têm circulado nas redes sociais dão conta de que pelo menos uma presa teve ferimentos. Confira o vídeo abaixo:

Avanços das negociações

No final desta manhã, o Diretor do Depen, Luiz Alberto Cartaxo de Moura, assim como o juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), se encaminharam até a unidade prisional para ouvir as reivindicações das presas.

Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), unidade de elite da Polícia Militar, estão à frente da negociação. A direção da unidade prisional e a Seção de Operações Especiais (SOE) acompanham as negociações.

Por motivo de segurança dos familiares, as visitas foram suspensas no Complexo Penitenciário de Piraquara até que seja restabelecida a normalidade. A Penitenciária Feminina de Piraquara tem capacidade para 370 detentas e abriga atualmente 440.

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