Pontal do Paraná!

Reconstituição deve dar mais esclarecimentos sobre a morte da youtuber Isabelly

Foto: Reprodução/Facebook.

As equipes da Polícia Civil fizeram, na manhã desta quinta-feira (22), a reconstituição do crime que matou a youtuber Isabelly Cristine Santos, de 14 anos, em Pontal do Paraná, litoral do Paraná. O crime aconteceu na semana passada, enquanto a menina voltava de uma de suas gravações, e alguns detalhes ainda não tinham sido completamente esclarecidos pela investigação. O inquérito deve ser finalizado nesta sexta-feira (23).

Marcada para 7h, o trabalho da Polícia Civil começou pouco depois, com alguns minutos de atraso. Os dois carros envolvidos, bem como os dois suspeitos do crime, Everton e Cleverson Vargas, participaram da reprodução de como tudo aconteceu. Os dois continuam presos no litoral do Paraná e, nesta quarta-feira (21), admitiram que ingeriram bebida alcoólica na noite dos acontecimentos.

Além dos autores, que confessaram o crime, a família da adolescente também participou da reconstituição. Junto com a mãe de Isabelly, estava o homem que dirigia o carro no momento dos fatos. Um rapaz, que também estaria no carro no momento do crime, também acompanhou o trabalho policial e ajudou a lembrar de como tudo aconteceu.

Foto: Reprodução/Facebook.
Foto: Reprodução/Facebook.

Pouco mais de 50 policiais trabalham para refazer a cena do crime, que aconteceu na madrugada de quarta-feira (14) da semana passada. A intenção da polícia era, além de outras coisas, esclarecer o exato momento que o tiro fatal foi disparado e também como teriam acontecido os fatos.

Os advogados, Elias Mattas Assad – que representa a família da youtuber – e Cláudio Dalledone Júnior, defensor dos dois presos, acompanharam todo o trabalho no litoral do Paraná. Ambos consideraram que a reconstituição era realmente importante para todas as partes, não só para a polícia.

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“Temos bebida alcoólica, porte ilegal de arma, disparo e tudo isso não se justifica. Lamentável para todos”, disse Elias Mattar Assad, em entrevista à imprensa. “Os dois assumiram que ingeriram bebida alcoólica. Eles nunca negaram, não adianta polemizar com isso”, defendeu Dalledone.

Tudo o que foi coletado na reconstituição deve ser acrescentado ao inquérito policial, além de ajudar os investigadores no trabalho de apuração dos fatos. De acordo com o delegado Miguel Stadler, a reprodução do crime serve para que a polícia identifique o grau de participação de cada um dos envolvidos. “Vai fazer parte do laudo se houve ou não, por exemplo, a derrapagem do Palio, como o motorista disse. Junto disso, já apuramos que a distancia dos disparos é de aproximadamente 80 metros. Sem dúvida, os disparos foram em direção ao veículo, embora apenas um tenha atingido, mas pelo menos estes disparos não foram para cima”.

Os policiais ainda tinham algumas dúvidas sobre o crime e puderam esclarecer o que faltava confirmar. O prazo para o fim das investigações ainda está válido, mas o delegado destacou que a Polícia Civil já tem a documentação quase finalizada. “A reprodução simulada era uma das últimas necessidades. Então agora vamos aguardar o laudo pericial, que vai ser somado ao inquérito, que deve ser concluído ainda nesta sexta-feira”.

Sonhos interrompidos

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