Sem acordo, após mais de dois dias, segue a rebelião na Casa de Custódia de Curitiba (CCC). Na tarde desta terça-feira (3) as negociações com os 172 presos da unidade foram novamente interrompidas e serão retomadas na manhã de quarta-feira (4), de acordo com o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen). A princípio, os quatro agentes penitenciários feitos de reféns não sofreram ferimentos, mas permanecem sob o controle dos presos rebelados, em uma das galerias da CCC.

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Ainda conforme o Depen, negociadores do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e unidade de elite da Polícia Militar estão em contato permanente com os detidos.

Revindicações

O motim começou no início da noite de domingo (1) e cinco agentes foram feitos reféns ainda no começo da rebelião, sendo um deles liberado pelos detentos com ferimentos leves na noite de domingo.

Em entrevista a Tribuna do Paraná na última segunda-feira (2), o capitão da Polícia Militar, Márcio Roberto da Silveira, informou que a transferência de sete presos da facção “Máfia Paranaense”, de prisões do interior do Estado, controladas pela organização criminosa paulista PCC (Primeiro Comando da Capital) – para a Casa de Custódia, é a mais importante reivindicação dos rebelados.

Sobre uma possível invasão policial, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Ricardo de Carvalho Miranda, afirma que representantes dos Direitos Humanos da OAB e advogados dos presos acompanham o caso na CCC, para evitar agressões aos rebelados.

“Almoço barrado, revistas sem raio-x e abusos”, familiares de presos reclamam de tratamento dado por agentes

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