Proprietários de uma loja especializada na venda de motos de alto padrão, no bairro Campina do Siqueira, em Curitiba, foram presos nesta terça-feira (31). Eles são suspeitos de aplicarem golpes em clientes do estabelecimento. Segundo a polícia, dois milhões de reais foram movimentados de forma ilegal.

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Delegado dá detalhes sobre o caso. Foto: Átila Alberti.

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Os dois homens presos, de 46 e 48 anos, são irmãos e sócios da loja que foi fechada durante uma ação deflagrada há uma semana. A investigação está sendo comandada pela Delegacia de Proteção ao Consumidor (Delcon) e o delegado Wallace de Oliveira Brito explica que a loja é suspeita de vender motos de clientes por consignação, mas sem o valor final ser repassado. Ele alerta que mais de 100 pessoas já foram vítimas e procuraram a delegacia na última semana.

“Com os interrogatórios nós percebemos a possibilidade de um dos sócios fugir. Diante do risco de fuga, um deles está preso preventivamente e o outro está preso temporariamente, cinco dias. Pelo menos uma centena de pessoas procurou a delegacia para fazer denúncia”, relatou Brito.

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A polícia não divulgou o nome dos homens oficialmente, mas explicou que ambos tinham participação direta no negócio e que sócio mais velho, de 48 anos, morava em São Paulo e gerenciava a verba recebida através das fraudes.

A operação

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A operação “Cavalo de Aço” foi deflagrada na manhã da terça-feira (24/10), no bairro Campina do Siqueira. Durante a operação a loja de motos foi fechada por ordem judicial e vários documentos, celulares e computadores apreendidos. De acordo com as investigações a loja é suspeita de praticar crime contra as relações de consumo, ou seja, eles vendiam as motos de clientes e não repassam o valor final ao consumidor. As investigações apontam que o esquema lesou centenas de consumidores.

As motos que estavam na loja foram apreendidas pela polícia. Se alguém foi vítima da loja, deve procurar a delegacia que fica na rua Ermelino de Leão, n°513 – Alto São Francisco. A ação contou com o apoio de policiais civis do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e do Poder Judiciário.