Um rapaz de 21 anos e um adolescente de 17 confessaram ter matado cruelmente o professor de biologia Flávio Laureth Ávilla, de 53 anos. O crime aconteceu no dia 6 de junho, quando os suspeitos marcaram um encontro com a vítima e o atraíram para uma emboscada no bairro Boqueirão, em Curitiba.

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De acordo com o delegado Fábio Amaro, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Gabriel Mateus Belinski, de 21 anos, já tinha contato com o professor há três meses por mensagens no WhatsApp e usou o aplicativo para marcar esse encontro.

“A vítima foi atraída até o apartamento do autor, onde estava mais um adolescente. A finalidade era libidinosa, mas lá um deles lhe deu três golpes na cabeça com uma barra de ferro e o outro, para terminar de matar a vítima, fez dois ferimentos na garganta do professor com uma faca de cozinha”, disse.

Desesperados, os rapazes resolveram ocultar o cadáver e decidiram enrolar o corpo em um lençol e em um cobertor, colocá-lo dentro de um sofá e levar para o porta-malas do carro da vítima. “Eles se apropriaram de todos os pertences da vítima, inclusive o dinheiro que ele levava embaixo do tapete do carro, e compraram cobertores e fitas adesivas em um comércio próximo”, informou o delegado.

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Ainda segundo ele, o corpo foi jogado em um matagal, próximo à BR-277, no município de São José dos Pinhais. Depois disso, os autores seguiram até Morretes, de onde retornaram pela Estrada da Graciosa, estacionaram o carro em frente à residência e “limparam” toda a cena do crime.

Gabriel conta sua versão sobre o crime:

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Investigações

No entanto, pessoas viram o veículo Captur estacionado sem a placa e informaram a polícia. “A partir dessas denúncias, nós chegamos ao Gabriel, que nos disse onde estava o corpo e confessou o crime”.

Na casa do suspeito foram encontrados a arma do crime, documentos pessoais da vítima, os óculos de grau, o relógio, pastas de trabalho, além das roupas e do tênis do professor. “Eles queimaram esses pertences, mas algumas coisas ficaram intactas”, ressaltou Fábio.

Além disso, o carro foi localizado com receptadores no município de Campo do Tenente, Região Metropolitana de Curitiba, onde o veículo de R$ 80 mil teria sido vendido por R$ 2 mil.

Foto: Átila Alberti

Atrás das grades

Na delegacia, Gabriel afirmou que o objetivo do encontro “amoroso” era roubar a vítima. Porém, a situação teria fugido do controle. “Eu não acredito que fiz isso. Eu só ia bater nele, mas fui dominado porque ele era muito forte. Peço perdão à família dele é à minha”, afirmou Gabriel durante a coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (12).

Já o jovem de 17 anos foi ouvido na delegacia acompanhado de advogado. “Ele confessou a participação no crime ao auxiliar na limpeza do local, até mesmo na ocultação do cadáver e disse que receberia R$ 300 pelo serviço”, comentou o delegado.

Belinski foi autuado em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver e por latrocínio. Se condenado, poderá pegar de 20 a 30 anos de reclusão. O adolescente responderá por ato infracional relacionado aos mesmos crimes.