Foi assinado, na última quinta-feira (4), pelo governador Ratinho Jr, o decreto que regulamenta no Paraná a obrigatoriedade de os presos pagarem pelas tornozeleiras eletrônicas ou por eventuais despesas decorrentes de reparo ou manutenção dos aparelhos.
No Estado, cerca de 7 mil apenados que cometeram crimes de menor potencial ofensivo utilizam os equipamentos. De acordo com o Governo do Paraná, a medida vai gerar economia aos cofres públicos, visto que o gasto estadual com cada tornozeleira eletrônica é de R$ 241 por mês, totalizando R$ 1,7 milhão mensais.
+Leia mais: Saiba quantos usuários de tornozeleiras eletrônicas voltam para o crime no Paraná
Como vai funcionar o pagamento
O pagamento começa a partir da data em que o aparelho eletrônico é entregue aos presos. Os presidiários que não têm condições de arcar com os custos de aquisição e manutenção do equipamento estão isentos do pagamento. Cada caso será analisado pelo poder judiciário.
“Se o detento com condições financeiras não pagar pela tornozeleira, ele será cobrado pela Procuradoria-Geral do Estado, como qualquer devedor fiscal”, disse o diretor do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), delegado Francisco Caricati.
Os valores recolhidos serão destinados ao Fundo Penitenciário Depen, que provê recursos para o departamento investir nos estabelecimentos penais e no atendimento a programas de assistência penal. O Paraná tem 33 presídios e outras 13 unidades em construção.
+ Fique esperto! Perdeu as últimas notícias sobre segurança, esportes, celebridades e o resumo das novelas? Clique agora e se atualize com a Tribuna do Paraná!
Legislação aprovada em 2017
A lei estadual número 19.240, que dispõe sobre o pagamento dos aparelhos de monitoramento eletrônico pelos próprios presos, foi proposta em 2017 e sancionada no mesmo ano.
Com a assinatura do decreto, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Administração Penitenciária (Sesp-PR), em conjunto com o Tribunal de Justiça do Paraná, publicará um documento com todos os procedimentos e as regras para cobrança do serviço.
Conta de água pode subir após pedido de reajuste feito pela Sanepar