Um esquema de venda de drogas comandado de dentro da prisão foi descoberto por uma investigação da Polícia Militar (PM). O trabalho policial gerou uma operação, que foi deflagrada na manhã desta terça-feira (31) e prendeu 14 pessoas, entre elas nove que já estavam detidas. Também foi apreendida grande quantidade de material usada pelos bandidos. Sete pessoas continuam foragidas.
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Segundo as investigações, a facção criminosa age dentro e fora dos presídios de Curitiba e região. Foram seis meses de investigação e, durante este trabalho, os policiais já tinham apreendido veículos, outras provas e prendido algumas pessoas envolvidas no esquema. “Esta nossa última ação se deu para que pudéssemos concluir as investigações. Era um grupo muito bem preparado, que agia há muito tempo”, destacou o coronel Nivaldo da Silva.
O coronel informou que os presos comandavam tudo de dentro do sistema prisional. “Movimentavam todo o esquema da quadrilha dando ordens através de mensageiros, que visitavam os detentos, e também por celulares. Inclusive apreendemos o que era usado por eles e agora os equipamentos vão ser analisados”.
A polícia ainda não tem ideia de quanto, em dinheiro, o grupo conseguia movimentar desde o começo da ação. “Também não sabemos, ao certo, há quanto tempo agiam. Nossa investigação durou seis meses, mas acreditamos que eles atuavam há vários anos”.
A operação foi realizada com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e, ao todo, foram expedidos 21 mandados de prisão e outros nove de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos em três unidades do sistema penitenciário de Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A ação também vistoriou residências em Curitiba e nas cidades de Colombo e São José dos Pinhais, na RMC.
Durante a ação desta terça-feira, foram apreendidos 43 quilos de maconha, 25 celulares (cinco deles nos presídios), balança de precisão, planilhas de contabilidade do tráfico e R$ 2,3 mil em dinheiro. As sete pessoas que continuam foragidas agora são procuradas pela polícia, mas os nomes não foram divulgados. A investigação continua, também por parte do Gaeco, para que os envolvidos sejam processados.
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