Sob a iminência de um arrebatamento de presos pertencentes à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), em conjunto com a Polícia Federal (PF), providenciaram a remoção de seis presos de alta periculosidade para presídios federais, entre a noite de domingo (23) e manhã desta segunda-feira (24), véspera de Natal.
Os presos removidos são parte dos arrebatados no dia 11 de setembro (e que foram recapturados depois na Operação Raptus), quando o muro da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP) foi explodido para a liberação dos detentos. Na ocasião, os bandidos que providenciaram a fuga promoveram tiroteios no Contorno Sul, além de queimarem caminhões e deixaram um rastro de destruição na rodovia, próximo ao presídio, para dificultar qualquer ação da polícia em persegui-los.
Alerta vermelho
Conforme o delegado Rodrigo Brown, do Cope, equipes de inteligência já estavam averiguando informações de arrebatamento aos detentos pertencentes ao PCC. Desde então, há pelo menos duas semanas, vinham tentando junto à Justiça a remoção dos presos, para evitar problemas. No entanto, o que acelerou o processo foi um roubo que ocorreu na última sexta-feira (21), quando uma quadrilha levou nove carros zero, com motores de alta potência, de uma concessionária de São José dos Pinhais.
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Entre os carros roubados estavam uma Chevrolet Equinox, um Cruze, uma S10 e uma Trailblazer. Um dos carros, Uma Trailblazer, foi recuperado logo em seguida, abandonado num posto de combustíveis próximo, já com uma placa fria. “São carrões tipicamente utilizados por bandidos em crimes grandes, como arrebatamentos, roubos a bancos ou carros-forte. Então o roubo nos acendeu o alerta vermelho, com a possibilidade de que os veículos levados da concessionária fossem usados no arrebatamento destes presos”, analisou o delegado.
Raptus
Depois do arrebatamento na PEP, a Polícia Civil realizou a Operação Raptus, no início de dezembro, que identificou 31 pessoas e prendeu 23, suspeitas de participação na explosão do muro do presídio, fossem os presos que operacionalizavam o crime (responsáveis pelo financiamento do arrebatamento, planejamento e logística da fuga), ou os arrebatados.
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Dentre eles, os seis considerados mais perigosos (de maior interesse de serem arrebatados) foram removidos: quatro para o presídio de Catanduvas e mais dois para a cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Estes dois eram Daniel Estrela e Fernando Salazar, que eram os principais alvos do arrebatamento do dia 11 de setembro.
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