Após a rebelião na Casa de Custódia de Curitiba (CCC) chegar ao fim, 23 presos envolvidos foram encaminhados à Central de Flagrantes da capital para a realização do inquérito policial e flagrante dos crimes cometidos durante os quatro dias de rebelião. Estes presos devem responder por associação criminosa, tortura, tentativa de homicídio, motim, cárcere privado, dano qualificado, entre outros crimes, conforme o delegado Adriano Chohfi da Divisão Policial da Capital (DPCAP).
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“Eles vão sofrer consequências penais e administrativas. Independente de estarem presos, eles podem cometer crimes, que foi o que aconteceu. Eles vão retornar à origem, mas responderão esses crimes com flagrante e com o consequente inquérito policial que decorrerá do flagrante. Serão ouvidos judicialmente e, com certeza, condenados se nós conseguirmos comprovar esses crimes. Além disso, os agentes serão ouvidos e esse é um procedimento correto, de acordo com a nossa Constituição”, explicou.
O diretor do Departamento Penitenciário (Depen), Francisco Alberto Caricati, explicou que haverá consequência aos presos e que todos os procedimentos em relação ao motim e cárcere privado serão apurados pela Polícia Civil.
Além disso, quando o assunto são os aparelhos celulares encontrados dentro da carceragem e outros materiais artesanais feitos pelos presos, Caricati relatou que haverá uma investigação para encontrar o responsável. “Tudo isso será apurado, como esses aparelhos entraram na unidade penitenciária e haverá uma sindicância interna. Todos esses crimes constarão no histórico de cada autor”, ressaltou.
Tratamento psicológico
Já os agentes que foram feitos de reféns “serão licenciados para tratamento de saúde e o Depen deve dar apoio juntamente com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná – (Sindarspen) para que todo o tratamento psicológico necessário seja realizado”, explicou o assessor de segurança do DEPEN, Humberto Benigno.
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