O morador de rua Maicon Dias dos Santos, 26 anos, conhecido como “Zóinho”, suspeito pelo crime de homicídio que teve como vítima o cabeleireiro Marcos César Milleo, 61 anos, foi preso preventivamente e apresentado pela Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (23), na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O crime ocorreu no dia 15 de maio, no apartamento da vítima, localizado no Água Verde, em Curitiba.
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A polícia chegou até o suspeito após localizar o celular que ele havia furtado de Milleo, em um ponto de venda drogas, no Novo Mundo. O jovem de 18 anos que estava em posse do aparelho foi preso em flagrante, na semana passada, assim os investigadores chegaram até a identidade de Maicon, que confessou o crime em depoimento.
O suspeito contou que ele e o cabeleireiro teriam entrado em luta corporal em um quarto do apartamento. A briga acabou quando a vítima foi empurrada e bateu com o rosto em um criado mudo, localizado no lado direito da cama. Nesse momento, Maicon teria asfixiado o cabeleireiro com as mãos. A ficha criminal de Maicon aponta que ele é usuário de drogas e já possuí antecedentes por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, além de outros ilícitos.
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Sobre como Maicon entrou no apartamento, o delegado Tito Barichello, da DHPP, explicou que foi para a realização de um serviço. “Pelo interrogatório, ele disse que estava na rua, sem condições econômicas e foi reconhecido pela vítima como alguém que poderia fazer algum trabalho em sua residência, como pintor. E aí ele foi até a residência para realizar esse trabalho e, após tomarem algumas cervejas, ocorreu um desentendimento”, afirmou Barichello.
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Ainda de acordo com o delegado, depois que César Milleo já estava em óbito, Maicon se aproveitou da situação para realizar furtos. “Foi quando ele pegou o celular, usado para trocar por sete pedras de crack, no ponto de drogas do Novo Mundo. Inclusive, nesse ponto foram encontrados 908 invólucros de crack, 300 de cocaína e 88 de maconha. Até por isso, o jovem que estava no local com as drogas continua preso”, disse o delegado. O caso está sendo investigado como homicídio qualificado, seguido de furto. “São dois crimes. A pena para o homicídio, por condições de asfixia da vítima, varia entre 12 e 30 anos”, concluiu Barichello.
O crime
O homicídio do cabeleireiro Marcos César Milleo, conhecido como Marquinhos, ocorreu em uma quarta-feira, 15 de maio. O corpo foi encontrado em um dos quartos do imóvel, aparentemente sem sinais de agressão, porém com um corte profundo no nariz.
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Câmeras de segurança do edifício registraram o momento em que o suspeito e a vítima chegaram juntos no prédio, por volta das 16h30, bem como o momento em que o suspeito deixa o local sozinho por volta das 23h, em posse de uma sacola com objetos que teria furtado da vítima e com vestimentas diferentes das que estava quando chegou. O apartamento estava revirado.
Familiares apontam que, além do aparelho celular, uma quantia em dólares e um relógio de alto valor teriam desaparecido. A polícia ainda não tem informações sobre o paradeiro desses pertences.
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