Alex Beza Goes, 19 anos. Este é o rapaz que, segundo a polícia, acompanhado de um adolescente, de 17, matou Carlos Ramon Dias Del Antônio, de 18, durante um assalto. O crime aconteceu na noite do dia 15 de janeiro, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e ganhou repercussão pois o Instituto Médico-Legal (IML) demorou mais de 13 horas para buscar o corpo da vítima.
O jovem foi preso na última sexta-feira (2), mas só foi apresentado nesta segunda-feira (5). Segundo a polícia, o primeiro a ser localizado foi o adolescente. “Com a apreensão dele, conseguimos chegar até Alex e o crime foi desvendado”, explicou o delegado Reinaldo Zequinão.
A prisão do jovem foi pedida e concedida pela Justiça, que entendeu que as provas eram suficientes. “Começamos então a procurar por ele, até que o encontramos numa casa no bairro Arapongas, em Colombo”.
Para a Polícia Civil, o crime foi considerado elucidado, mas ainda resta sanar uma dúvida para concluir o inquérito: “Precisamos saber quem foi o autor da facada que matou Carlos. Isso porque um joga a culpa no outro e o rapaz tenta falar que foi o adolescente. Neste caso, só as vítimas vão poder nos ajudar”.
Na noite do crime, que aconteceu no bairro Roça Grande, Carlos tinha saído de casa para buscar a esposa, que estava voltando do trabalho. Quando voltavam do ponto de ônibus, Carlos, a esposa e uma amiga, os três foram abordados pela dupla de assaltantes. “Eles agiram com violência e pediram os pertences. Todos entregaram, mas Carlos reagiu e entrou em luta corporal com eles. Foi quando levou a facada”, completou o delegado.
Repercussão
O latrocínio (roubo com morte) ganhou grande repercussão, pela demora do IML em buscar o corpo de Carlos. A viatura, que costuma demorar de uma a duas horas, levou mais de 13 horas para retirar o corpo da vítima do local do crime e levá-lo para autópsia. A família chegou a fazer uma barraca no meio da rua e improvisou um velório ali mesmo, ao relento, enquanto o corpo não era buscado. Uma viatura que tinha sido enviada ao local acabou se envolvendo em um acidente.
O caso abalou as estruturas da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) e gerou a demissão do secretário de segurança, Wagner Mesquita. Na época, o representante da Sesp não foi informado da situação que acontecia em Colombo, quando tomou conhecimento do fato, pela imprensa, já era tarde e passavam-se horas que a família aguardava pelo IML. Nesta segunda-feira (5), o governador Beto Richa confirmou a saída de Wagner Mesquita e a entrada de Julio Reis, ex-delegado geral da Polícia Civil.
Após mais de 13 horas, corpo que era velado na rua é recolhido pelo IML