Mais de um ano após a morte de Diogo Souza dos Santos, de 26 anos, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu um suspeito de envolvimento no crime, cumprindo um mandado de prisão preventiva nesta quinta-feira (15). O rapaz, de 21 anos, foi localizado no bairro Borda do Campo, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Diogo foi assassinado em 21 de janeiro do ano passado. De acordo com informações da Polícia Civil, a vítima estava em uma mercearia, do bairro Mossunguê, quando foi atingida por diversos disparos de arma de fogo, que teriam sido efetuados por um revólver de calibre 38, utilizado pelo suspeito, preso na ação.
Ainda segundo a polícia, o jovem não agiu um sozinho. Um adolescente, de 16 anos, que estava junto do suspeito na época em que ocorreram os fatos, foi apreendido quatro meses após o crime e permanece detido no Centro de Socioeducação (Cense) até o momento.
Detalhes do crime
“Ao ser ouvido, na época, o adolescente alegou que ele teria sido o autor dos disparos, motivado por um desentendimento que teve com a vítima. Porém, as investigações apontam que quem estava em posse da arma era o jovem, de 21 anos, e os disparos teriam sido efetuados por ele”, afirma o delegado-titular da divisão, Fábio Amaro.
O delegado ressalta ainda que, no decorrer das diligências, a equipe concluiu que, de fato, houve o desentendimento entre a vítima e o adolescente, pois o infrator estava cometendo uma série de furtos na mercearia onde ocorreram os fatos. “A vítima o repreendeu em razão dos furtos, os dois acabaram entrando em uma discussão e o jovem, de 21 anos, preso na ação de hoje, efetuou diversos disparos contra Santos”, informa Amaro.
Na delegacia, o suspeito manteve a versão já relatada pelo adolescente. Entretanto, irá responder por homicídio qualificado, em razão de todos os indícios e provas que a equipe de investigação coletou contra ele. “Tanto ele, quanto o adolescente, foram reconhecidos por testemunhas”, completa o delegado.
O jovem está preso no Setor de Carceragem Temporária (Secat) da DHPP, onde permanece à disposição da Justiça. Se condenado, poderá pegar 30 anos de prisão.