Violência no busão

Preso suspeito de arrastão com morte. Polícia caça mais dois!

A Polícia Civil de Almirante Tamandaré prendeu Johnatam Borges, 22 anos, suspeito de envolvimento no assalto a ônibus que vitimou a jovem Larissa Morgana Ferreira, 24 anos. O crime aconteceu por volta das 21h30 do dia 23 de setembro deste ano, na linha de ônibus Curitiba/Campo Magro, próximo à Estrada do Cerne.

Larissa foi morta durante uma troca de tiros entre os bandidos e um policial militar aposentado, que estava no coletivo e que reagiu ao roubo para proteger um rapaz, que não era policial, mas que vestia uma camiseta do Bope – o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar. Durante a ação, um dos assaltantes também morreu no local e outras quatro pessoas ficaram feridas.

Além de Johnatam e do suspeito morto, outros dois homens que participaram do latrocínio – que é o roubo acompanhado de morte – são procurados pela polícia. Um deles identificado como Paulo Sérgio Veiga de Almeida, 21, que está foragido. A polícia também busca informações sobre o último envolvido, que ainda não foi identificado.

O crime

De acordo com o delegado titular da Delegacia de Almirante Tamandaré Tito Lívio Barichello, na abordagem ao ônibus, Johnatam teria sido o responsável por render o motorista do coletivo, enquanto seus comparsas obrigaram o rapaz que eles acreditavam ser policial, a se ajoelhar, para que fosse executado. Mas ao errarem o primeiro tiro contra o homem, foram surpreendidos por um PM da reserva que estava à paisana, e portando um revólver e uma pistola, abriu fogo contra os bandidos.

No confronto, o policial militar aposentado foi atingido com tiros na mão, abdômen, orelha e no coração, sobrevivendo graças ao uso do colete à prova de balas. Já Larissa, que teria entrado em estado de choque, acabou ferida e perdeu sua vida no tiroteio.

Quem matou Larissa?

A polícia ainda não sabe de onde partiu o tiro que acertou a jovem. Situação que ainda é investigada, como explica o delegado. “Uma perícia esta sendo realizada, por pessoas treinadas para isto, pessoas que trabalham com a perícia, que é uma ciência exata. Mas nós não temos um prazo, em virtude de que estes dados têm que ser vistos e revistos, para evitarmos erros e injustiças”, diz Barichello.

Outra questão ainda sem resposta é o fato do policial aposentado estar com um colete à prova de balas e duas armas, dentro de um ônibus, mesmo que isto não seja proibido a ele.

“A polícia civil age de uma forma legalista, baseada em provas e em premissas. Por isso, não posso passar nossa linha de investigação e todas as nuances desta situação. O que estaria fazendo este policial militar com um colete balístico? E o que estaria fazendo este policial dentro de um veículo do transporte coletivo? Isto esta sendo investigado. Mas o objetivo principal é sem duvida alguma, apurar a morte de uma moça de 24 anos. A sociedade precisa impor a esta pessoa as consequências legais cabíveis”, conclui o delegado.

Outros roubos

Ainda de acordo o delegado, graças à ajuda de testemunhas, foi possível identificar os criminosos deste crime, que seriam moradores de Pinhais e costumavam cometer roubos em ônibus na região de Campo Magro e Almirante Tamandaré. Crimes que segundo a polícia, também serão investigados após o fim deste inquérito.

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