Um homem suspeito de abrir empresas e contas bancárias com dados de outras pessoas foi preso nesta segunda-feira (6) pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). André Lucena Suarez, 41 anos, foi apresentado à imprensa na tarde desta terça-feira (7) e responderá pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
De acordo com o delegado-titular do Cope, Rodrigo Brown, o suspeito foi preso em um hotel no Centro Cívico, em Curitiba. Lá, foram encontrados diversos cartões de crédito e débito, talões de cheques, recibos e mais de R$ 70 mil em dinheiro.
“Começamos a investigar esse homem a partir da informação de que ele estaria fazendo uso de cartões e cheques falsos em Curitiba, pois cada dia ele fazia compras com um nome diferente. Além disso, era conhecido por frequentar grandes baladas de Curitiba e gastar até R$ 15 mil em uma noite. Isso também nos ajudou a localizá-lo”, explicou o delegado.
Suspeito nega o crime
Na delegacia, o suspeito negou o crime, mas a Polícia Civil garante que ele está envolvido em uma fraude milionária e pode ter comparsas. “Desconfiamos de algumas vítimas porque esse homem fazia transferências mensais para pessoas específicas, e também vamos investigar funcionários das instituições financeiras, já que ele tinha muita facilidade para conseguir crédito e sacar valores superiores a R$ 80 mil”.
Para isso, André conseguiria dados das pessoas físicas como CPF para abrir uma microempresa no nome da vítima, fraudar os dados contábeis dessa nova companhia e abrir uma conta bancária jurídica. “Com o crédito fornecido para a empresa, ele fazia saques de grandes valores e depois deixava a empresa falir, lesando instituições financeiras com mais de R$ 1 milhão em transações”.
Possível participação em quadrilha
O suspeito, que já tem passagens pela polícia em Santa Catarina, permanece preso à disposição de justiça enquanto a investigação continua para identificar outros envolvidos no crime. “O suspeito faz parte de uma rede maior de estelionatários. Agora, com o inquérito e posteriores investigações, a polícia vai obter mais informações”, pontua o delegado Marcelo Magalhães, que também é responsável pelo caso.
Polícia recomenda cuidado
Diante de golpes frequentes como esse, o delegado Rodrigo aconselha todos a tomares cuidado com seus dados. “Não forneça informações pessoas para desconhecidos, cuide com cadastros na internet e qualquer situação que peça seu endereço, RG e CPF. Ao colocar as informações ali, você estará facilitando que um estelionatário falsique um documento com seu nome e isso trará muita dor de cabeça”, adverte.