Extorsão

Preso ex-funcionário que pediu R$ 1 milhão a faculdade pra não vazar dados confidenciais

Equipamentos eletrônicos utilizados pelo suspeito também foram apreendidos. Foto: Divulgação/Polícia Civil

Um ex-funcionário terceirizado de uma faculdade de Curitiba foi preso suspeito de extorquir a instituição depois de conseguir invadir o sistema de banco de dados interno. Segundo a polícia, Raphael Cellupi, de 33 anos, foi preso na tarde de terça-feira (26) e teria sido flagrado cometendo o crime, cobrando R$ 1 milhão dos diretores da faculdade para que não expusesse os dados que descobriu.

À Tribuna do Paraná, o delegado Emmanoel David, da Delegacia de Estelionato, explicou que foi a própria faculdade que denunciou o crime. Conforme a polícia, Rafael atuou na área de Tecnologia da Informação (TI), contratado por uma empresa terceirizada, prestando serviços para a instituição.

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Por ter prestado serviços à faculdade, o homem teria tido acesso a todo o banco de dados que continha informações de funcionários, professores e até dos estudantes. Raphael teria detectado uma falha no sistema, que permitia acesso a todos estes dados, mas não informou a instituição.

Quando já não prestava mais serviços para a faculdade, o homem, ao invés de comunicar a instituição do problema no banco de dados, até mesmo para garantir a segurança de todos os envolvidos, fez o contrário: “Ele entrou em contato e começou a exigir dinheiro para não divulgar estes dados. Falou que até poderia arrumar isso, mas cobrou o valor altíssimo, ameaçando que poderia divulgar”, explicou o delegado.

Foto: Divulgação/Polícia Civil.
Foto: Divulgação/Polícia Civil.

Preso em flagrante!

Pedindo R$ 1 milhão dos diretores da instituição para não expor as informações, que envolvia até a parte financeira de funcionários e alunos, o homem foi denunciado. Conforme a polícia, no momento em que foi abordado, Raphael não negou o crime. “Ele ainda mostrou os dados das pessoas, tanto de alunos, como também de funcionários”, concluiu o delegado.

Raphael, que ao invés de alertar a instituição e até propor uma negociação comercial para ajustar a falha no sistema, foi preso pelo crime de extorsão. Ele também acabou enquadrado na lei 12.737/2012, conhecida como Lei Carolina Dieckmann, que tipifica os chamados delitos ou crimes informáticos, por isso, também vai responder por invasão de dispositivo informático. Conforme a polícia, se conseguisse vender essas informações no mercado negro, o homem poderia ter um lucro de até R$ 200 mil.

Sem vazamento!

À Tribuna do Paraná, a instituição confirmou que Raphael foi um prestador de serviço terceirizado e reforçou que ele nunca fez parte do quadro de funcionários. A faculdade reforçou que não houve vazamento de informações e que mantem uma rigorosa política de segurança da informação, com datacenters de padrão internacional, compatíveis com as maiores empresas do mundo, dotados do mais elevado grau de infraestrutura na segurança de dados.

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