Monstro!

Preso em Curitiba, assassino de Rachel Genofre dá detalhes do crime

Foto: Mellanie Anversa / Gazeta do Povo

Carlos Eduardo dos Santos, de 54 anos, apontado como autor da morte da menina Rachel Genofre, em 2008, voltou preso para Curitiba 11 anos após o crime. Santos confessou novamente o assassinato e não demonstrou arrependimento. Ele ainda apontou novos detalhes do que foi feito no dia em que convenceu Rachel a acompanhá-lo para um “escritório”, onde supostamente ela assinaria documentos para participar de um programa infantil.

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“Ele falou que estava em regime semi aberto em São Paulo e veio aleatoriamente para Curitiba. Ao falar do crime, não demonstrou arrependimento e sempre bem calmo. No entanto, relatou que se arrependeu, mas não acreditamos. Ele está forçando algo para tentar mostrar um problema psíquico, mas é um monstro “, disse Marcos Fontes, delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa ( DHPP).

Corpo da pequena Rachel foi encontrado na Rodoferroviária de Curitiba, dentro de uma mala e com sinais de violência. Foto: Reprodução.
Corpo da pequena Rachel foi encontrado na Rodoferroviária de Curitiba, dentro de uma mala e com sinais de violência. Foto: Reprodução.

Local do crime

A Polícia Civil descobriu que o local do crime pode ter sido em uma kitnet em São José dos Pinhais, na região Metropolitana de Curitiba. Na época do fato, era apontado que seria uma pensão no Centro. “Temos informação de que ele já não estava neste local. Ele mesmo relata uma novo itinerário feito de ônibus. Chegou em casa com a Rachel, abusou sexualmente e a esganou. Pensou que estava morta, mas não estava. A cobriu com sacos plásticos e com a mala pegou um ônibus. Desceu em um ponto e pegou um táxi para a Rodoviária”, relata Marcos Fontes.

Reconstituição da morte de Rachel Genofre

Carlos Eduardo dos Santos relatou à Polícia Civil que não vai participar da reconstituição do crime. “Ele negou esta possibilidade. Agora seguiremos em diligências e pedimos muito a colaboração da população. Quem tiver alguma informação dele que nos procure. É essencial a ajuda de todos”, disse a Delegada Camila Ceconello, da DHPP.

Histórico no crime

Carlos tem um longo histórico no crime. Segundo investigação, o primeiro abuso sexual teria ocorrido em 1985. No total, seriam seis estupros contra crianças com idades entre 4 e 14 anos. Além disto, o suspeito teria praticado 17 crimes de estelionato e um roubo. A PC inclusive divulgou áudios e vídeos de testemunhas com ex-companheiras, familiares e líderes religiosos que apontam que o suspeito era uma pessoa com dupla personalidade. “ Em alguns casos, escutamos que ele era uma boa pessoa até, mas com momentos de agressividade”, comunicou em entrevista coletiva a Delegada Camila Ceconello.

Confira o relato da ex-companheira dele. Segundo ela, que não teve a identidade revelada, ele era um homem misterioso, que a ameaçava diversas vezes durante o conturbado relacionamento.

 

Identificação do assassino

Segundo informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESP), um trabalho de integração entre Paraná, São Paulo e Brasília permitiu a identificação de Carlos Eduardo dos Santos, que estava preso em Sorocaba por outros crimes.

Foto: Hedeson Alves/Tribuna do Paraná.
Foto: Hedeson Alves/Tribuna do Paraná.

O caso

Com apenas nove anos de idade, Rachel foi morta na madrugada de quarta-feira, 5 de novembro de 2008. Seu corpo foi encontrado dentro de uma mala, na Rodoferroviária de Curitiba.

Encontrado seminu e com vestígios de violência sexual, o cadáver foi localizado às 2h30, por um indígena que circulava pelo local, onde também estariam alguns pertences da menina. As câmeras de segurança instaladas no ponto não estavam funcionando.

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