Um casal preso em flagrante no fim de semana, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, é acusado de matar o morador de rua identificado inicialmente como Carlos Adriano de Almeida, que seria natural de Santa Catarina. O crime teria ocorrido na madrugada de sábado (18). O corpo da vítima foi encontrado por volta das 8h30, em uma estrada de chão na Rua Desembargador Motta, situada no bairro Colônia Rio Grande, no mesmo município.
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Segundo a Polícia Civil, responsável pela prisão do casal, Almeida foi ferido por golpes de faca e, em seguida, teve seu corpo parcialmente carbonizado. O fogo foi ateado com gasolina. Nas costas da vítima haviam marcas com siglas de uma facção criminosa, possivelmente feitas com a mesma arma branca. A sigla era do Primeiro Comando da Capital (PCC).
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A polícia deu início imediato nas diligências e, em poucas horas, os policiais civis chegaram até o suspeitos, um homem de 28 anos e uma mulher de 45, que moravam em um condomínio próximo do local em que o corpo foi encontrado.
Segundo a polícia, quando questionados sobre o crime, o casal primeiramente tentou negar. Mas diante das evidências, o homem de 28 anos acabou confessando a prática do crime e deu detalhes da execução. O carro do casal, um veículo modelo Blazer, foi periciado e havia vestígios de sangue no porta-malas.
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O delegado Michel Carvalho, da Delegacia de São José dos Pinhais, explicou que é pouco provável que o crime tenha relação com o PCC. “A inteligência da polícia apura essa informação, mas a hipótese mais coerente é a de que eles tenham tentado dar uma grandeza para o crime. Por isso, apareceu PCC nas costas da vítima”, afirmou Carvalho, que destacou a crueldade da morte.
“Foram várias facadas, depois colocaram o corpo no porta malas de um carro, buscaram gasolina e o queimaram parcialmente, em um local ermo”, comentou. O motivo do crime, segundo a polícia, ainda não foi revelado, mesmo com o autor confessando o homicídio.
Acerto de contas
O casal foi apresentado na tarde desta segunda-feira (20) na delegacia. O acusado confessou o crime abertamente. Contou que esfaqueou a vítima porque o homem teria ameaçado de morte uma amiga do casal. “Ele recebeu R$ 5 mil para matar uma amiga. Eu não pensei três vezes antes de acertar as contas. Eu já conhecia ele de outras broncas. Fui eu que matei, eu que coloquei gasolina, minha esposa não tem nada a ver com isso. Eu só usei o carro dela”, falou. O único fato negado foi em relação ao PCC escrito nas costas da vítima. O autor afirma que escreveu PNC. “Foi um xingamento”.
No entanto, o delegado revela que esse discurso é uma tentativa de escapar de algum tipo de represália. “A escrita é clara. O que ele demonstra é receio de ficar na cela”, diz Carvalho.
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A polícia chegou até o casal por imagens de câmeras de segurança do condomínio onde eles moram. O local fica próximo de onde o corpo foi encontrado. Ao fazer buscas na região, foi identificada uma Blazer branca. “Pelas imagens, o veículo entrou e saiu diversas vezes do condomínio e nós fomos averiguar. Havia manchas de sangue no porta-malas. Os dois foram presos ainda no sábado”, pontuou o delegado.
Agora, a investigação vai apurar se há envolvimento de outras pessoas no homicídio, por exemplo, quem forneceu a gasolina para queimar o corpo. O casal segue preso, à disposição da Justiça. Eles podem ser indiciados por homicídio qualificado, fraude processual e ocultação de cadáver.
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