Foi presa mais uma vez, nesta quarta-feira (3), a mulher suspeita de estelionato que enganava compradores de imóveis. Janaína Pereira Alves, 34 anos, se dizia engenheira e se aproveitava da falta de conhecimento imobiliário das vítimas para conseguir o dinheiro delas mediante sinais de negócio. Há um mês, ela já havia sido presa pelo mesmo crime. Agora, a prisão ocorreu após uma denúncia de um advogado, que já havia pago R$ 500 de sinal por um imóvel localizado em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
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Conforme as investigações, a mulher se intitulava proprietária e engenheira responsável por construções de alto padrão. Ela levava o golpe até o momento em que conseguia dinheiro.
Ao ser apresentada à imprensa, a Janaína negou que tenha tentado vender um apartamento para o advogado Guilherme Kovalski. Ela disse que o conheceu por intermédio de um motorista de aplicativo de caronas, que se dizia amigo de Kovalski.
“Eu contei minha história, durante uma viagem com esse motorista, e ele disse que tinha um advogado para me ajudar. Foi assim que nos conhecemos. Ele disse que podia dar um jeito no meu caso, mas agora, por causa da versão dele para a polícia, eu estou presa de novo pelo mesmo crime”, afirmou.
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Kovalski, que é criminalista, disse que a história é outra. Segundo ele, a Janaína espalhou, por aí, que estava vendendo um apartamento abaixo do preço de mercado. “Foi assim que um motorista de aplicativo ficou sabendo e contou para mim que tinha uma mulher, engenheira, que estava vendendo um imóvel, em Pinhais, abaixo do preço. Eu me interessei e pedi o contato dela. Eu não conhecia o motorista”, contou o advogado.
A partir do encontro entre os dois, o advogado diz que a mulher apresentou plantas do imóvel, fotos e chegou a marcar uma visita ao local. “Não chegamos a entrar porque não havia plantão da imobiliária naquele horário. Foi essa a desculpa”, disse.
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Kovalski contou que deu um sinal de negócio de R$ 500 para a Janaína, mas desconfiou que poderia ser uma fraude quando ela não apresentou documentos autenticados. “Nesse meio tempo, informei a polícia de que algo estava estranho. Os policiais perguntaram o nome dela e se mostraram surpresos. Era o mesmo golpe pouco mais de um mês da primeira prisão”, revelou.
Preventiva
O delegado Emmanuel David, da Delegacia de Estelionatos de Curitiba, disse que vai pedir a prisão preventiva da suspeita. “Já fizemos isso naquela primeira denúncia e faremos novamente”. Para David, é possível que mais vítimas tenham sido lesadas. “O advogado percebeu o golpe, mas poderia ter caído nele, assim como muitas pessoas”, afirmou. O delegado ainda disse que, se for solta, a suspeita tem características de quem vai continuar tentando golpes semelhantes.
O imóvel que a Janaína , supostamente, tentou vender para Guilherme Kovalski sairia por R$ 70 mil e seria dela por conta de pagamento de seus serviços de engenheira, prestados à construtora. Os R$ 500 de sinal de negócio pagos pelo advogado foram recuperados.
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