“Não posso pedir perdão, porque eu não fiz nada”. Essa é a afirmação de Darli Nardes Tenca, 37 anos, presa pela Polícia Civil na última terça-feira (17). Ela é suspeita de planejar a morte do próprio marido, Agnaldo Tenca, 45 anos, assassinado a tiros em Araucária em junho do ano passado. No entanto, ela e outro suspeito preso por este crime, Jeferson Rodrigo Machado, 30 anos, negam o crime.
O delegado Thiago Wladyka, da delegacia de Araucária, acredita num crime passional. Darli não estaria feliz com o casamento e teria pedido a separação. Agnaldo, no entanto, não aceitava o fim do relacionamento. Por conta disto, Darli teria planejado o crime, que ela nega.
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Crime planejado?
Darli e Jeferson já se conheciam na época do homicídio. E apesar de testemunhas terem afirmado à polícia que eles mantinham um namoro, ambos afirmam que só começaram a se relacionar depois do assassinato de Agnaldo.
Segundo o delegado, Agnaldo e o irmão eram vendedores de enxovais, porém um respeitava a área de venda do outro. No entanto, houve um dia que o irmão de Agnaldo ficou doente e não foi trabalhar. Agnaldo recebeu um telefonema, de uma suposta cliente do seu irmão que estava precisando de enxovais e pediu que Agnaldo a atendesse.
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Agnaldo foi prudente e ligou pro irmão, que disse que não conhecia essa cliente e achava melhor ele não ir. “Não se sabe por qual motivo o vendedor foi ao local, pois ele não teria ido se não tivesse sido persuadido a isto”, analisa Thiago. O fato é que Agnaldo foi ao local do encontro e foi executado a tiros no local. Jeferson, diz o delegado, foi o autor dos disparos e Darli teria planejado tudo. Conforme as provas levantadas no inquérito, somente eles três estiveram no local de crime (vítima e os dois suspeitos).
Antecedentes criminais
Jeferson, explica o delegado, já tem várias outras passagens pela polícia (porte de arma de fogo de uso restrito, associação para o tráfico e é investigado por outros homicídios em Araucária) e foi preso em junho, suspeito da morte de Agnaldo. Ele teve uma prisão temporária decretada e que foi prorrogada pela Justiça.
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Darli foi presa no balneário de Piçarras (SC), na terça-feira. Ela nega ter planejado qualquer crime contra o marido. No entanto, diz o delegado, ela já teria tentado matar Agnaldo outra vez. Marcou um encontro com ele num hotel. Ela levava uma faca na bolsa e só não compareceu porque foi impedida por outra pessoa, diz Thiago. Apesar de acreditar num crime passional, o delegado afirmou que também investiga a possibilidade de crime por motivo financeiro.
Darli e Agnaldo têm dois filhos, de um de 18 e outro de 5 anos.
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