Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que os suspeitos de esfaquearem um policial militar, na tarde da última segunda-feira, no bairro Santa Cândida, em Curitiba, fogem do local do crime.
Segundo informações preliminares obtidas no local, a confusão começou em um salão de beleza localizado na Rua Ilda Manaszczuk.
O policial teria ido falar com o proprietário do salão a respeito de uma placa de divulgação da escola da esposa do PM que seria colocada em frente ao salão de beleza. Nesse momento teria iniciado uma discussão.
O dono do salão teria pegado uma faca e começou a esfaquear o policial. Uma adolescente, moradora da rua, contou o que viu. “Quando eu vi, tinha um homem no chão com as costas sangrando muito e outro em cima dele dando mais golpes de faca”, relatou. Um terceiro homem, que supostamente seria filho do dono do salão, também atacou o policial e conseguiu tirar a arma dele. Pelo menos três tiros foram disparados.
Francisco Peregusso, morador do bairro, ouviu os disparos. “Eu escutei os tiros e fui olhar na janela, vi só um homem correndo ferido”. O policial ainda conseguiu correr algumas quadras e acabou caindo na Rua Beppe Gusso onde recebeu atendimento médico. O policial militar, inicialmente identificado como soldado Stadnick, foi encaminhado de helicóptero em estado grave ao Hospital Angelina Caron.
Depois da briga, pai e filho que estavam no salão fugiram. Há informações, ainda não confirmadas, que o irmão do PM também estaria envolvido na briga. Ele teve ferimentos foi encaminhado ao hospital.
Policiais militares com o apoio do helicóptero, Guarda Municipal e policiais civis montaram um grande cerco na região e estão fazendo buscas.
Inquilino problemático
Dona Orlanda da Silva Lopes é a dona do imóvel onde funciona o salão de beleza. Segundo ela, os inquilinos estão lá há dois meses e não pagaram nenhum aluguel. “Desde o momento que aluguei essa sala pra eles, tenho problemas. Não sei exatamente o que aconteceu hoje, mas como proprietária do imóvel posso afirmar que estava tendo muitos problemas com ele”.
A luz já havia sido cortada no salão por falta de pagamento, um “gato” mantinha a energia elétrica no estabelecimento. Dona Orlanda contou ainda que o locatário havia feito ameaças a sua filha.
A dona do imóvel relatou também que havia autorizado a dona da escolinha, esposa do PM, a colocar a placa de divulgação em frente ao salão.