Rodovias de Curitiba

Policiais rodoviários estaduais são denunciados pelo Gaeco por cobrança de propina

Blitze em Quatro Barras e Almirante Tamandaré eram usadas por policiais para extorquir motoristas. Foto: Divulgação/PMPR
Blitze em Quatro Barras e Almirante Tamandaré eram usadas por policiais para extorquir motoristas. Foto: Divulgação/PMPR

Cinco policiais militares do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por cobrarem propina de motoristas em rodovias da região metropolitana de Curitiba. A ação é do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), força-tarefa do MPPR que conta com agentes das polícias Militar e Civil.

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Em dezembro do ano passado, o Gaeco deflagrou a Operação Via Calma, que cumpriu em Curitiba e cidades da região 22 mandados de condução coercitiva – quando o investigado é conduzido a prestar depoimento. Entre os suspeitos, sete eram PMs. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na época em Araucária, Colombo, Almirante Tamandaré e Paranaguá.

A investigação começou a partir de denúncia anônima de que policiais rodoviários extorquiam motoristas cujos veículos estavam em situação irregular. Os policiais agiam em postos de rodovias estaduais em Quatro Barras e Almirante Tamandaré.

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Segundo o Gaeco, os policiais organizavam operações de bloqueio nas rodovias com o objetivo de arrecadar propina. Veículos com situações irregulares, como débitos no Detran, falta de documentação ou multas em aberto eram liberados mediante o pagamento aos policiais. Somente no posto de Quatro Barras, agentes do Gaeco encontraram R$ 2 mil em dinheiro.

“Após a operação, identificamos e ouvimos os condutores abordados nas blitze e alguns deles confirmaram que pagaram os policiais para terem os veículos com situações irregulares liberados”, explica o promotor Denilson Soares de Almeida, do Gaeco.

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