Uma operação feita em conjunto com as forças policiais do Paraná prendeu 19 pessoas nesta sexta-feira (27). Eles são suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em diversos crimes, entre eles a explosão de caixas eletrônicos, falsificação de documentos e fraudes na venda de imóveis. A quadrilha ainda lavava o dinheiro levado dos caixas eletrônicos com um produto químico.

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Com os presos, os policias apreenderam duas pistolas, mais de R$ 20 mil em dinheiro, drogas e munições de diversos calibres. “Também encontramos diversos documentos que eram usados nas fraudes de estelionato. Tudo vai ser usado nas investigações”, explicou o secretário da segurança, Wagner Mesquita.

A operação, batizada como “Dinheiro Sujo”, teve apoio das Polícias Civil e Militar e tinha como objetivo cumprir 28 mandados de prisão. Também foram expedidos outros 40 de busca e apreensão nos estados do Paraná e Santa Catarina. Dos mandados de prisão, nove pessoas não foram encontradas e são consideradas foragidas.

Foto: Pedro Serápio.

Em Curitiba, foram detidas cinco pessoas e na região metropolitana outras duas. Ainda no Paraná, uma das prisões aconteceu em Pontal, no litoral do Estado, outras cinco em Londrina e uma em Ibiporã. No estado de Santa Catarina, os policiais prenderam quatro integrantes da quadrilha em Joinville e uma pessoa em São José. Antes de a operação ser deflagrada, outros quatro integrantes do bando foram presos em flagrante e dois no decorrer das investigações.

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As investigações começaram em junho de 2016, buscando investigar os ataques a caixas eletrônicos. “Durante todo o trabalho, os policiais descobriram que a atuação da quadrilha ia muito além do imaginado e que os integrantes fizeram dos mais diversos crimes”. O grupo era organizado em funções hierárquicas e cada um seguia seu papel.

Vídeo

Veja o vídeo com o momento da prisão:

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Lavagem de dinheiro

Além da ajuda do Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep), a operação teve apoio da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), de Santa Catarina. Os investigadores descobriram que as cédulas manchadas ao serem furtadas de caixas eletrônicos passavam por um procedimento químico que lavava o dinheiro. Depois de lavadas e deixadas de uma forma limpa, sem a tinta cor de rosa expelida pelos caixas no momento da explosão, os bandidos reinseriam o dinheiro no mercado.