A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga três possibilidades para o caso de intoxicação por soda cáustica em um bar de Curitiba. O caso aconteceu na madrugada de sábado (13), depois que três amigos pediram uma dose de tequila, mas dentro da garrafa tinha o líquido químico. Uma das pessoas acabou tomando e está internada.
De acordo com o relato dos envolvidos, eles pediram três doses de tequila e o dono do bar lhes deu os três copinhos. “Logo que receberam, uma das meninas tomou num gole só, enquanto os outros dois amigos perceberam, ao colocar na boca, que o líquido estava estranho. Eles reclamaram para o dono do bar e aí descobriram que não era tequila”, explicou a delegada Sabrina Alexandrino.
O dono do bar também chegou a colocar o líquido na boca, mas confirmou o que os clientes disseram e cuspiu. A moça que ingeriu de fato a soda cáustica foi encaminhada ao hospital e continua internada, segundo a polícia, consciente. Os policiais ainda permanecem observando a situação da jovem, pois há risco de sequelas em razão da periculosidade do produto. As outras duas pessoas que não chegaram a tomar o produto passam bem, apenas com ferimentos leves na boca.
Investigações
Dentro do bar, além da garrafa de vidro que tinha o nome da bebida na embalagem, outras duas garrafas foram apreendidas e todas devem passar por perícia. De acordo com a delegada, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) trabalha com três linhas de investigação.
A principal das possibilidades é a de que o líquido tenha sido colocado na garrafa para uso na limpeza do local e o dono não sabia. “Trata-se de uma garrafa transparente, com líquido incolor, que estava perto dos produtos de limpeza. Provavelmente o dono do bar, quando recebeu o pedido de tequila feito pelos amigos, procurou a garrafa com a inscrição tequila e serviu aos clientes de boa fé, tanto que ele provou o líquido logo após a reclamação dos clientes”, explicou.
Além disso, a polícia vai averiguar se a soda cáustica no lugar da tequila pode ter sido uma retaliação ao dono do bar ou, ainda, que inimigos das pessoas que ingeriram o produto possam ter feito aquilo de propósito. “Vamos trabalhar com todas as possibilidades. A princípio, acreditamos que o dono do bar serviu de boa fé, mas vamos seguir as investigações para tentar concluir o quanto antes o caso”.