Dezoito pessoas foram presas suspeitas de participarem do planejamento e execução do plano de fuga de presos da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), na Região Metropolitana de Curitiba, no dia 11 de setembro deste ano. A operação Raptus foi deflagrada pelo Centro de Operações Policiais Especiais (COPE), unidade de elite da Polícia Civil, com apoio do Tático Integrado Grupo de Repressão Especial (Tigre), Divisão de Narcóticos e Polícia Militar. Outras cinco pessoas foram presas em flagrante e 13 estão foragidas.
Durante toda a investigação os policiais apreenderam 17 veículos utilizados no plano de fuga, 14 bananas de dinamite, mais de 40 quilos de cocaína, cerca de dez quilos de crack, R$ 57 mil em dinheiro, dois fuzis, três pistolas, carregadores, munição, coletes balísticos, balaclavas, celulares, computadores, diversas anotações da facção criminosa, além de computadores. Os mandados foram cumpridos nos estados do Paraná e na região litorânea de São Paulo.
A prisão aconteceu três meses depois da facção criminosa explodir o muro da penitenciária resultando na fuga de 29 detentos considerados perigosos. Dos presos que fugiram, 19 permanecem foragidos, nove foram recapturados pelas forças de segurança e um foi morto.
“Começamos a trabalhar logo após a ação e esse é o resultado de uma investigação de três meses. Conseguimos identificar 31 pessoas e individualizamos a conduta de cada um deles. Alguns financiaram, outros planejaram, deram apoio, conduziram os presos, compraram combustíveis e outras pessoas explodiram o muro da penitenciaria. O alvo principal do resgate era o bandido faccionado conhecido como Daniel Estrela e ele foi preso em São Paulo”, explicou o delegado Rodrigo Brown.
Os presos responderão pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, associação ao trafico, crime de explosão, arrebatamento de pessoas presas e porte ilegal de arma.
A fuga
Para que os detentos conseguissem escapar, através de um muro explodido, ruas e até o Contorno Leste (BR-116) foram bloqueados, veículos incendiados e houve intensa troca de tiros com policiais. A ação toda aconteceu na madrugada do dia 11 de setembro e foi bem planejada pelos bandidos. Antes de o muro ser detonado, como aconteceu no começo do ano passado, o plano foi instalar o caos em todo o entorno da prisão que fica em Piraquara.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), era por volta das 3h30 quando cinco caminhões foram queimados na pista sentido a São Paulo do Contorno Leste de Curitiba, na altura do quilômetro 85, em Piraquara. Simultaneamente, também na BR-116, mas na pista sentido oposto e na altura do quilômetro 75, em Quatro Barras, outro veículo em chamas foi encontrado pela PRF.
Enquanto as equipes davam atendimento às situações de veículos queimados, os bandidos já tinham detonado o muro que ficava próximo a uma das galerias da PEP I. De acordo com o coronel Hélio de Oliveira Manoel, secretário especial de Administração Penitência, mais de 100 presos estavam no mesmo espaço e 29 deles fugiram, mesmo sob a intensa troca de tiros com policiais de varias unidades que vieram em apoio.
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