A Polícia Civil do Paraná já elucidou 54% dos casos de homicídios registrados em Curitiba no ano de 2019. Dos 97 homicídios registrados na capital entre janeiro e maio deste ano, 53 já foram completamente esclarecidos pelos investigadores. O percentual de identificação de autoria dos assassinatos é maior do que o alcançado no mesmo período de 2018, quando apenas 39% dos crimes tinham sido esclarecidos.

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Segundo o Governo do Paraná, a agilidade no trabalho de polícia judiciária é atrelada ao desempenho dos agentes envolvidos nas investigações, utilização de técnicas de inteligência e o trabalho integrado das unidades da PC. “A melhora expressiva do índice de solução de casos de homicídios é resultado da atuação integrada e coordenada entre todas as divisões da Polícia Civil do Paraná. A isso soma-se a dedicação dos policiais civis e a qualidade das técnicas de investigação empregadas”, analisa o delegado-geral Silvio Jacob Rockembach.

Dentre os assassinatos com autoria identificada, 51 já tiveram os suspeitos presos. A delegada Camila Cecconello, chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), explica que um conjunto de fatores tem repercutido na rapidez para elucidar os crimes contra a vida.

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“Atribuo os bons índices à equipe de profissionais muito dedicada. Além disso, demos uma atenção ao setor de inteligência, inclusive com o uso de um programa em que conseguimos fazer cruzamentos de dados de organizações criminosas e de traficantes para chegar às autorias dos crimes”, disse Camila.

Drogas

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O terceiro fator de sucesso para a rapidez nas investigações, são os trabalhos intensivos da polícia nos bairros com muitos registros de homicídios para tentar identificar e qualificar pessoas que possam ser responsáveis pelo tráfico na região. “Como 70% dos homicídios são relacionados a drogas isso ajuda bastante para chegarmos à autoria. Com informações sobre local e tipo de arma que usam conseguimos traçar mais rapidamente os participantes das organizações criminosas, que costumam ser os responsáveis pelas mortes”, falou Camila.

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As abordagens ajudam ainda na contenção dos homicídios, que tiveram queda em relação a 2018. Enquanto este ano foram 97 entre janeiro e maio, ano passado foram 130 homicídios. Entre as vítimas deste ano, 95 são homens e três são mulheres.

Exemplos

A agilidade da investigação da polícia foi fundamental para a identificação e indiciamento do homem de 27 anos, suspeito de ter matado o engenheiro mecânico Roberto Tiepolo Júnior, 42, no Alto da XV. A vítima foi morta a facadas no dia 2 de fevereiro após confusão em um bar na rua Itupava. A polícia efetuou a prisão do suspeito no dia 11 de abril. O inquérito indiciou o suspeito por homicídio duplamente qualificado, cometido por motivo fútil e sem nenhuma chance de defesa.

A PC teve ação rápida na elucidação do assassinato do cabeleireiro Marcos Cesar Milleo, 61, que ocorreu por volta das 20 horas do dia 15 de maio no Água Verde. Uma semana depois, o morador de rua de 26 anos, suspeito pelo crime de homicídio, foi preso no bairro Novo Mundo. Com motivação passional, o cabeleireiro foi assassinado por esganadura após ter convidado o morador de rua a acompanhá-lo até o apartamento.

Segundo o suspeito, ele foi motivado ao crime por ter sido assediado sexualmente.

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