Brincando com a morte

Polícia investiga se jovem morto com tiro na cabeça jogava roleta-russa com amigos

Foto: Arquivo

O participante deixa apenas uma munição no tambor de um revólver, faz com que esse tambor gire e, logo depois, aponta o cano da arma para a própria cabeça e dispara sem saber a real posição da bala. Esse “jogo” usado por alguns jovens que querem experimentar emoções violentas pode ter sido o motivo da morte de um rapaz, de 22 anos, na noite de sábado (10), no bairro Alto Boqueirão, em Curitiba.

A fatalidade aconteceu em uma residência localizada na esquina entre as ruas Ivaiporã e Leópolis por volta das 18h, quando o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) foi acionado para atender a ocorrência.

De acordo com o socorrista Geziel, que esteve no local, a vítima foi encontrada inconsciente em estado grave e precisou ser encaminhada ao Hospital do Trabalhador. Porém, não resistiu aos ferimentos e morreu minutos antes de chegar ao hospital. “Ele estava com ferimento de entrada no lado direito da cabeça e a bala saiu pelo lado esquerdo”, informou.

“Escondidos”

No local, alguns colegas comentaram que o jovem estava participando da “brincadeira” roleta-russa com um revólver calibre 38. O espaço escolhido para a atividade era bem escondido, o que ainda dificultou o atendimento médico e policial.

O rapaz foi identificado como o auxiliar de produção Ricardo Rocha. Seu corpo foi recolhido ao Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba e o caso será investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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