CAMPO COMPRIDO

Polícia investiga denúncia de estupro ocorrido em universidade de Curitiba

Um possível caso de estupro dentro da Universidade Positivo (UP) é investigado pela Polícia Civil. Segundo a denúncia, o crime teria acontecido na noite do dia 18 de abril, próximo a uma área de caminhada da universidade que fica no Campo Comprido. A vítima é uma jovem de 19 anos.

Conforme apurou a Tribuna do Paraná, a jovem, que é estudante do bloco azul da universidade, teria sido abordada por dois homens enquanto atravessava a ponte para assistir a uma palestra no grande auditório. Segundo a denúncia, os dois teriam a pegado e colocaram um pano sobre a boca da jovem para que não gritasse.

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O abuso teria acontecido numa área escura, próximo ao rio que tem dentro da universidade. Os dois homens teriam abusado sexualmente da jovem. A violência não teria sido presenciada por ninguém, mas a moça chegou a contar a algumas pessoas próximas.

Sem estudar

A violência foi tamanha que a vítima não voltou mais à faculdade. Traumatizada, a menina lidou com o problema até que não conseguiu mais esconder da família. Mais de duas semanas depois do crime, o boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia da Mulher de Curitiba e a Polícia Civil começou a investigar.

À Tribuna do Paraná, a jovem disse que estava bem, mas sem condições de falar sobre o que aconteceu. Nathalia Schwingel de Souza, a advogada da moça, confirmou a denúncia feita à polícia e disse que poucos detalhes podem ser passados. “Ela fez o retrato falado dos dois autores e passou informações importantes aos policiais. Nós não queremos atrapalhar as investigações e, por isso, estamos falando pouco nesse momento”.

Depois da denúncia, a vítima passou por exame de corpo de delito. Segundo a advogada, a jovem se manteve em silêncio por questões íntimas. “É um caso seríssimo e nós sabemos todas as consequências que pode trazer. Ela teve e ainda tem muito medo, inclusive o de ser julgada. Por isso nós temos mantido isso em sigilo por enquanto”, explica Nathalia.

Investigações

À Tribuna do Paraná, a Polícia Civil confirmou que há uma investigação seguindo na Delegacia da Mulher e que foi feito o retrato falado do que seriam os autores. A reportagem conseguiu, com exclusividade, as imagens que já circulam nas redes sociais. Conforme as investigações, o registro da denúncia realmente foi feito dias após o possível crime.

Segundo a polícia, nenhum detalhe pode ser passado neste momento, mas nesta segunda-feira (8) novas informações vão ser confirmadas pela especializada. De qualquer forma, o telefone da Delegacia da Mulher já está aberto para denúncias sobre os possíveis autores, através do número (41) 3219-8600.

Universidade no caso

Em nota, a Universidade Positivo informou que no dia 3 de maio recebeu um relato de uma aluna, referente a uma ocorrência que teria acontecido em 18 de abril. “Orientada pela UP, a estudante procurou a polícia e os eventos narrados estão sendo apurados pelos órgãos competentes, com colaboração da instituição”, salienta a universidade.

Conforme a instituição de ensino, “a UP está colaborando ao máximo com as autoridades para o esclarecimento dos fatos, assim como prioriza o acolhimento à aluna e sua família neste momento difícil”. Segundo a universidade, o momento é de investigação policial, no qual é importante evitar boatos, especulações e qualquer atitude que atrapalhe o trabalho dos órgãos competentes.

Os alunos da universidade têm reclamado de pontos de escuridão dentro do câmpus. Segundo os jovens, por ser fechada por vegetação, o medo toma conta no período noturno e muitas vezes falta segurança em alguns pontos. A UP informou também que foi criado um comitê para estudar possibilidades de melhoria em toda a estrutura de segurança, do qual vão participar especialistas e representantes de alunos e funcionários da instituição. “As portas e os canais estão abertos para acolhimento e pleno apoio aos alunos e às famílias, tanto via nossos professores e coordenadores como pela ouvidoria da instituição”, finaliza a nota.

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