A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga a tentativa de assassinato que Jean Ricardo Galian, 39 anos, praticou contra um porteiro no bairro Água Verde, em Curitiba. O homem, condenado pelo furto ao Banco Central de Fortaleza, no Ceará, foi preso nesta quarta-feira (29), em Borrazópolis, no Norte do Paraná.
O crime cometido pelo homem em Curitiba aconteceu no último dia 25 de março e Jean foi flagrado por câmeras de segurança. Conforme o delegado José Vitor Pinhão, o registro ajudou nas investigações e não deixou dúvidas à DHPP.
Surto no prédio
O delegado contou que Jean chegou ao prédio com um dispositivo que libera a porta de entrada e tentou acessar o condomínio. “Como a dona do apartamento é uma mulher, o porteiro estranhou e ligou para ela pra ver se poderia liberar a entrada do homem”.
A mulher, que estava viajando, liberou que o ex-marido entrasse. Jean subiu ao apartamento e minutos depois voltou com uma faca. “Ele surtou. Desceu, foi direto ao porteiro, o retirou de onde estava, o esfaqueou duas vezes dizendo que iria matá-lo e fugiu”, contou o delegado.
Nome falso
Depois do crime, Jean não foi mais encontrado. Os investigadores da DHPP descobriram que, ao chegar no prédio, o homem teria se identificado com nome falso. “O mesmo documento que ele entregou quando foi preso em Borrazópolis”.
Agora, a DHPP vai ouvir a ex-mulher de Jean. “Queremos que ela nos dê algumas explicações, entre elas o motivo de ter liberado que ele entrasse no apartamento se sabia que era foragido”, explicou o delegado.
Além da mulher, algumas testemunhas, que ajudaram a socorrer o porteiro, também devem ser ouvidas. Isso porque a DHPP busca ainda esclarecer o motivo do crime, que não ficou claro. “Nem a própria vítima soube dizer o que aconteceu para que Jean viesse e o agredisse”.
Histórico sujo
Reconhecido a partir de um mandado de prisão expedido por ter participado da ação cinematográfica do Banco Central de Fortaleza, Jean carrega consigo uma extensa ficha criminal. Conforme o delegado, ele tinha outros cinco mandados de prisão abertos.
A DHPP espera que denúncias, ainda que anônimas, ajudem a esclarecer o crime cometido pelo homem em Curitiba. “A autoria já está clara, o caso está praticamente fechado, mas vamos continuar o trabalho de investigação”. O disque-denúncias é o principal canal de comunicação da especializada, pelo telefone 0800-643-1121.
Vídeo
Veja a entrevista com o delegado José Vitor Pinhão: