Os quatro policiais militares presos em fevereiro deste ano pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) foram absolvidos da acusação de extorsão que pesava contra eles em audiência que terminou na madrugada deste sábado (4). Os policiais, que pertencem ao 17º Batalhão, foram presos depois da denúncia de um homem que disse ao Gaeco ter sido coagido a entregar dinheiro para escapar de ser preso durante uma abordagem.

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Os policiais eram acusados de ter cobrado mais de R$ 10 mil para que o homem – que tinha antecedentes por vários crimes – não fosse preso. Na época, o coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, explicou à Tribuna que o homem denunciou e foi aí que a suposta cobrança dos policiais foi descoberta.

Além da acusação de extorsão, os PMs também eram implicados por portar armas com numeração raspada e pedras de crack. Se fossem condenados, as penas somadas poderiam passar dos 30 anos. Acontece que na época em que os quatro foram presos, o Gaeco não encontrou o dinheiro que teria sido recolhido pelos PMs.

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Essa prova, que seria importante no momento da audiência, não existia. Por conta disso, a avaliação final do juiz, junto com o Ministério Público do Paraná (MP-PR) e da própria Justiça Militar, foi pela absolvição dos policiais pela falta de provas.

Além de serem absolvidos dos crimes que eram acusados, os quatro PMs também não vão sofrer penalidades na questão da profissão. Todos devem voltar ao serviço.

Defesa

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À Tribuna do Paraná, o advogado Eduardo Mileo, que representou os policiais, disse que o julgamento foi a confirmação do que já se sabia. “Os policiais eram inocentes e foram vítimas de um discurso planejado pelo tráfico de drogas de São José dos Pinhais, que tinha como objetivo não só sujar a carreira dos policiais, como também tirar a confiança da Polícia Militar”.

Até a audiência, os quatro policiais estavam presos. “Mas saíram em liberdade depois do resultado. Vão voltar às atividades normalmente, como merecem”, completou o advogado.

Sobre a ação do Gaeco, o defensor acredita que foi precipitada. “Assim como em outros casos, são atuações precipitadas e que dão credibilidade a palavra dos criminosos. Isso é o que precisa ser revisto”, completou.

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