A Polícia Civil de Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), cumpriu um mandado de prisão na última semana contra Gean Carlos Frogel, 25 anos, na Colônia Penal Agrícola do Paraná (CPA), suspeito de ser cúmplice de Andréia Kotosvski, de 28 anos, na morte de Edivaldo Dias, no dia 16 de agosto deste ano. Gean, que está preso em regime semiaberto por roubo e associação criminosa, agora responderá também por fraude processual.
De acordo com o delegado Tito Barichello, responsável pelo caso, Gean, atual namorado de Andréia, teria enviado mensagens para ela combinando a destruição de provas do crime na época em que ela estava foragida. Em depoimento a polícia o namorado contou alguns detalhes do crime e afirmou que ela agiu sozinha.
“Ele disse em depoimento que tinha intenção de bater em Edivaldo, mas que não participou do homicídio e isso vai ao encontro com o depoimento de outra testemunhas que afirmam que Andreia teria matado Edivaldo sozinha. Vamos fazer uma acareação entre Gean e Andreia e isso não impede que o Ministério Público denuncie o mesmo pelo crime que achar pertinente. Agora ele responde por fraude processual”, esclareceu.
Gean ainda disse em seu interrogatório que Andréia era agredida pelo ex-namorado e que esse seria o motivo do crime. Para o delegado “o crime foi passional e não houve crime de latrocínio, ou crime anterior”, explicou.
O crime
A vítima foi decapitada e sua cabeça encontrada por crianças em um matagal em Colombo (RMC), dias após o corpo ser localizado pela polícia. Andréia está detida desde o dia 9 de novembro, quando foi presa em Santa Catarina (SC). No dia 13, quando a vítima desapareceu, havia uma ligação em seu celular realizada pela suspeita às 5h da manhã e já existiam Boletins de Ocorrência registrados pela vítima contra ela dando conta de que Andréia teria tentado esfaqueá-lo.
Outro ponto crucial para a elucidação do crime foi o exame de luminol no veículo da investigada, que confirmou a existência de sangue no porta-malas do carro apreendido. O delegado também esclareceu que uma nova investigação foi iniciada, pois um ex-namorado da suspeita também teria sido assassinado anos atrás.
Andréia responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. “Ao todo, ouvimos cinco testemunhas, entre elas duas sigilosas. Uma das testemunhas confirmou que foi contratada para matar Dias e a outra ouviu da investigada, detalhes de como o decapitou”, conclui Barichello.
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