Uma mulher foi presa suspeita de ser a autora da morte do ex-marido, num crime que chamou a atenção da população pela brutalidade. Segundo a Polícia Civil, Andréia Carla Kotovski, 28 anos, matou Edivaldo Dias, de 38, e ainda decapitou o homem, que foi encontrado por moradores da área rural de Colombo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Andréia ainda tentou oferecer dinheiro aos policiais para que não fosse presa e acabou se complicando ainda mais.
A prisão da mulher aconteceu na última sexta-feira (9), na cidade de Rio do Sul, em Santa Catarina (SC). Os policiais civis da Delegacia de Almirante Tamandaré, onde o homem vivia, chegaram até a mulher através de uma investigação rápida que apontou, até mesmo através de boletins de ocorrência antigos, que Andréia já tinha um passado de ameaças contra Edivaldo.
A mulher, de 28 anos, identificada como Andréia Carla Kotovski, é suspeita pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver de seu ex-marido, Edivaldo Dias, de 38 anos. Segundo a polícia, o corpo da vítima foi encontrado sem a cabeça no dia 16 de outubro deste ano por moradores da área rural de Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. A mulher foi presa em Rio do Sul (SC) por policiais civis da Delegacia de Almirante Tamandaré.
A polícia informou que, no dia 13 de outubro, Edivaldo desapareceu e Andréia já passou a ser vista como a principal suspeita pelo crime imediatamente. “Descobrimos que na madrugada, por volta das 5h, ela ligou para o Edivaldo e depois disso ninguém mais o viu. No dia 16, ele foi encontrado morto e sem a cabeça, demonstrando um traço passional e até psicótico, de raiva, de ira”, detalhou o delegado Tito Barichello.
Além de toda a investigação policial, a equipe da Delegacia de Almirante Tamandaré também recebeu denúncias anônimas que informavam que Andréia era a autora do crime. “Soubemos até mesmo que, em momentos anteriores, Andréia esteve num bailão e avisou que o ‘chumbo ia comer’ e que estavam atrás de Edivaldo. As testemunhas que ouvimos estão com medo e algumas não quiseram nem se identificar, portanto são sigilosas”, contou o delegado, destacando que uma das pessoas foi contratada pela mulher para matar Edivaldo, mas não aceitou. “Acreditamos que ela foi executora do fato, inclusive com uma faca que tinha no veículo e que ainda não localizamos”.
Ao todo, segundo a polícia, cinco pessoas foram ouvidas, entre elas duas sigilosas. Uma das pessoas teria dito aos investigadores os detalhes sobre como Andréia decapitou o homem. “Tinha um histórico agressivo neste relacionamento, visto que muitas vezes ele foi ameaçado por ela, inclusive já tinha alguns BOs em que ela usou uma faca para machucá-lo. Essa situação (de a mulher ameaçar o homem) costuma não ser tão incomum e é isso que também chama a atenção neste caso”.
Grana para escapar
Ao ser presa e encaminhada à delegacia, Andréia poderia ter ficado quieta, mas acabou fazendo o que não devia e se complicou ainda mais. “Ela ofereceu R$ 10 mil para não ser presa pela equipe e, por isso, foi autuada em flagrante pelo crime de corrupção ativa. Além de responder agora pelo homicídio, também já vai responder pela corrupção, crime que lhe rendeu uma prisão preventiva pela Justiça”.
Segundo a polícia, Andréia estava escondida na cidade de Santa Catarina, pois já sabia do mandado de prisão temporária por conta do assassinato de Edivaldo. “Esse mandado de prisão pelo homicídio vale por 30 dias, mas também pode ser prorrogado por mais tempo. Indiferente disso, ela já teve a prisão preventiva decretada por ter ofertado dinheiro e, por isso, vai continuar presa. Ela tentou escapar, mas aqui nós somos honestos e trabalhamos para o cidadão”.
Outra morte
O trabalho da polícia ainda levou a uma nova investigação. “Isso porque um ex-namorado da suspeita também teria sido assassinado anos atrás”, explicou Tito Barichello, indicando que vai apurar se Andréia não foi a autora deste crime também. Veja a entrevista completa:
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