As investigações da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) sobre a morte de Claudete Bohme Sampietri, 59 anos, achada queimada em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), podem levar à descoberta de uma tragédia em família. O marido dela, Mauro Sampietri, 59, foi preso nesta sexta-feira (10) como principal suspeito do crime.
Embora a DHPP não se posicione sobre as investigações, a Tribuna do Paraná apurou que a suspeita é de crime passional. Os motivos do assassinato podem estar ligados ainda à separação do casal.
Claudete desapareceu no dia 18 de janeiro. Três dias depois, parte do corpo da mulher foi encontrada em chamas no cruzamento das ruas Rio Cubatão com a Rua Rio Javari, no bairro Weissopolis. No dia, os policiais não sabiam de quem se tratava porque não era possível a identificação.
Para a família, Claudete continuava desaparecida, pois ninguém sabia que o corpo achado em Pinhais era o dela. A pedido da família, alguns programas de TV chegaram a divulgar foto da mulher, pedindo ajuda com informações sobre o paradeiro dela. A identificação de Claudete foi descoberta, pelo Instituto Médico-Legal (IML), através de exames de DNA.
Sangue encontrado na residência
O corpo de Claudete foi encontrado totalmente carbonizado, mas sem a cabeça, braços e as pernas. Naquele dia, a perícia já tinha evidências que indicavam que a vítima tinha sido morta e esquartejada em outro local e que a parte do corpo tinha sido apenas abandonada na região.
Com a identificação de Claudete, os policiais começaram as investigações montando um verdadeiro quebra-cabeça sobre o que poderia ter acontecido. A suspeita ficou mais forte quando a Polícia Civil descobriu, através de familiares, que a mulher – que estava casada há 30 anos –, pretendia se separar do marido.
Mauro foi preso em casa, no bairro Cajuru, em Curitiba, depois que um produto utilizado pela polícia, conhecido como luminol, indicou a presença de sangue na residência. O material coletado ainda deve passar por perícia para confirmar de quem era o sangue.
Faltam detalhes sobre o crime
Como ainda não foram encontradas as outras partes do corpo de Claudete, a polícia deve estar tomando o cuidado para se posicionar no momento certo. Um dia após o desaparecimento, Mauro teria assado uma carne na churrasqueira de casa. Até que seja encontrada ou não alguma parte do corpo da mulher, não está descartada, para a polícia, a possibilidade de que o homem tenha assado as partes do corpo da esposa.
Alguns familiares e amigos do casal já foram ouvidos pela DHPP. Claudete e Mauro tinham três filhos e a DHPP deve ouvi-los também. Informações que possam colaborar com o trabalho da DHPP podem ser passadas através do disque-denúncia da delegacia, pelo telefone 0800-643-1121.