Um motorista do aplicativo Uber foi ameaçado e agredido na madrugada desta quarta-feira (14) em Curitiba. Ele entrou em contato com a Tribuna para contar o que aconteceu, sem se identificar com medo de represálias, a vítima disse que viveu momentos de muita tensão e angústia.
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Por volta das 2h30, o motorista recebeu pelo aplicativo uma chamada para buscar um passageiro em um bar localizado na Rua Bispo Dom José, no bairro Batel. Ele foi até o local. Ao observar a presença de vários taxistas parados em frente ao estabelecimento, decidiu parar o veículo um pouco mais à frente para evitar uma confusão. O passageiro, segundo ele, entrou no carro e pediu para que fizesse um retorno para pegar uma amiga a alguns metros dali.
Quando chegaram nesse ponto, o homem tirou a chave do carro da ignição e começou a ameaçar o motorista. “Ele me disse que era taxista, que o pai e tio também eram taxistas e que isso não ia ficar assim. O carro estava parado no meio da rua. Olhei para o lado e dois taxistas que estavam mais próximos observavam o que estava acontecendo sem esboçar nenhuma reação para me ajudar”, contou.
O suposto taxista mostrou para o motorista várias placas de outros Ubers que estavam anotadas. “Ele também me falou que sabia que antes deste carro eu estava trabalhando com um Prisma branco, e eu realmente estava. Após várias ameaças ele me deu um soco e saiu levando a chave do meu carro”.
O condutor do aplicativo contou que tentou conversar com o rapaz para evitar que a história terminasse mal, mas não conseguiu entrar em um acordo com o suposto taxista.
Não é a primeira!
Essa não foi a primeira vez que ele foi perseguido. Há três meses trabalhando como Uber, a vítima contou que no mês passado também foi ameaçada por um taxista, desta vez com uma faca. Ele estava com quatro passageiros no carro, o que não intimidou a ação do homem.
Além desse caso, ele também recebeu várias ameaças por telefone. “Eu fiz boletim de ocorrência dessas outras situações”, disse. Ainda hoje a vítima vai com o advogado registrar o caso também na Polícia Civil.
Para tirar o carro do meio da Rua Bispo Dom José foi necessário chamar a seguradora. A Polícia Militar confirmou o atendimento desta ocorrência pelos policiais do 12° Batalhão, responsável pela área central da cidade.
“Mesmo diante de tudo isso eu não vou desistir. Acho que essas situações acabam fortalecendo ainda mais esse tipo de transporte. Não é justo o que eles estão fazendo, eu vou continuar”, finalizou.
A reportagem da Tribuna entrou em contato com o Uber e aguarda uma resposta sobre o caso.
