Alisson Caetano da Paixão Barreiros, de 25 anos, morreu em confronto com policiais militares na tarde deste sábado (21), no bairro Capela Velha, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Mais tarde, revoltados e dizendo que o rapaz era boa pessoa, os moradores da região protestaram queimando um ônibus na cidade.
O confronto aconteceu na Rua Pintassilgo, no Jardim Arvoredo, por volta das 17h. Uma equipe da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) patrulhava pela região quando os policiais suspeitaram de três rapazes, que fugiram quando viram a viatura. Numa tentativa de abordagem, os suspeitos correram para um matagal.
Os policiais foram atrás e teriam sido surpreendidos por um dos homens que não teria acatado a voz de abordagem dos PMs. Com uma espingarda calibre 22, o rapaz levantou do chão e começou a atirar contra os policiais que, no revide, o atingiram. O suspeito morreu antes da chegada do Siate.
A arma que estava com ele, de acordo com o tenente Hoiser, era equipada. “Uma arma longa. E estava com luneta e supressor de ruídos”, explicou. Os outros dois suspeitos fugiram. Buscas foram feitas, mas não foram localizados pelos policiais.
O corpo do rapaz morto foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), em Curitiba, onde foi identificado oficialmente. Na região, moradores chamavam de ‘Nego Jão’.
Revolta
Já no local do confronto os moradores demonstravam irritação pelo que havia acontecido. Algumas pessoas choravam e diziam que o rapaz morto não era bandido. Apesar disso, os ânimos estavam contidos por ali, pela presença de várias equipes policiais.
Mais tarde, quando os policiais já não estavam mais na região, um grupo de moradores aproveitou para agir. Contestando a versão da polícia e afirmando que o rapaz morto era trabalhador, um ônibus foi queimado e começou um tumulto na região. A PM precisou intervir novamente e os moradores foram contidos, mas o veículo queimou por completo.
Reforço na segurança
Sobre o ataque ao ônibus, a PM informou à Tribuna do Paraná que não pode afirmar se um caso tem ligação com o outro, ou seja, se o ataque estaria ligado com o confronto. A PM informou ainda que, em qualquer situação descontrole, usa técnicas para manter a ordem, as quais forem necessárias no momento.
Ainda através de nota enviada à reportagem, a PM disse que o 17º Batalhão, responsável pelo policiamento na região, intensificou o policiamento para manter a segurança e ordem públicas das ocorrências relatadas. Além dos policiais fardados, estão na rua também policiais do serviço de inteligência para dar suporte, fazendo o levantamento de informações sobre os suspeitos.
A corporação pediu ainda que a população faça denúncias pelo 190 e pelo Disk Denúncia 181, para contribuir com o trabalho dos policiais na rua.