CAMPO DE SANTANA

Morte de policial em Curitiba tem reviravolta em investigação

O atirador levou carro do policial, um prisma prata, que foi abandonado em seguida. Foto: Lineu Filho.
Foto: Lineu Filho.

A investigação da morte de Marco Rodrigues Ferreira, 40 anos, soldado do 13º Batalhão da Polícia Militar (PM) saiu da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) e passou a ser comandada pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A polícia ainda não sabe o que motivou o crime, mas tem suspeitas e acredita que não tenha sido um latrocínio (roubo com morte).

Nesta sexta-feira (28), a esposa do policial militar foi chamada para prestar depoimento à DHPP. Segundo a delegada Aline Manzatto, que comanda as investigações a partir de agora, ainda é cedo para falar qualquer tipo de hipótese para o assassinato. “Tem muitas situações, que nos dão indícios de que foi uma execução. Por isso foi pedido que nós passássemos a investigar”, explicou.

A delegada não comentou se o crime pode estar ligado à profissão de Marco ou a um caso passional, por exemplo. “Estamos trabalhando com todas as linhas, justamente por ser muito cedo”.

Marco tinha o costume de fechar o portão de casa todos os dias e, não se sabe por qual motivo, na noite do crime o portão estava aberto. “Algumas testemunhas nos disseram isso, então, confirmamos com base nas testemunhas. Mas o porquê que estava aberto, a gente não sabe. A esposa disse que não sabe o que aconteceu, que acredita até que possa ter sido o policial que deixou o portão sem cadeado, então, ainda temos muitas dúvidas”.

Delegada explica o caso. Foto: Átila Alberti.
Delegada explica o caso. Foto: Átila Alberti.

Conforme a delegada, neste momento é importante que a polícia apure todas as linhas de investigação, principalmente para esgotar todas as possibilidades relativas ao crime. “Qualquer coisa que falemos, nesse momento, pode ser prejudicial. Nós estamos apurando até se o carro, que foi levado, foi realmente roubado, se não foi uma ação feita para tentar enganar a polícia ou, ainda, somente dar fuga aos executores”, considerou a delegada.

Ainda conforme o que a DHPP já soube sobre o histórico do policial, ele esteve internado há pouco tempo e ainda se recuperava. “Ele foi hospitalizado ao se afogar com vômito, por ter se embriagado, mas ainda esperamos as informações do hospital para descobrir o que de fato aconteceu”.

A princípio, Marco Rodrigues Ferreira não tinha nenhum histórico de violência doméstica contra a esposa ou, ainda, contra qualquer outra pessoa. Além da mulher, o soldado, que estava há 11 anos na PM, deixou dois filhos.

O crime

O assassinato do policial aconteceu na noite de quarta-feira (26), na casa em que morava com a família no Campo de Santana, em Curitiba. O bandido invadiu a residência, atirou contra o ombro do soldado e fugiu levando o carro dele.

A primeira informação era de que teria sido um assalto, mas como o carro foi abandonado e encontrado minutos depois do crime, a polícia passou a considerar a hipótese de um assassinato. Informações sobre o autor do assassinato podem ser passadas pelo disque-denúncia da DHPP, pelo telefone 0800-643-1121.

Foto: Lineu Filho.
Foto: Lineu Filho.
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