A idosa Malvina Graciana Pereira, de 85 anos, foi agredida antes de morrer numa casa de repouso de São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A confirmação foi passada, com exclusividade, pelo filho dela, que recebeu o laudo da Polícia Científica confirmando o que a família já suspeitava desde quando Malvina morreu. “Ela foi sim vítima de um assassinato”, desabafou Irineu da Silva.

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O crime aconteceu na madrugada do dia 12 de novembro deste ano, na casa de repouso onde Malvina estava, que fica no bairro Cidade Jardim, em São José dos Pinhais. A suspeita começou depois que funcionários da casa de repouso chamaram socorro do Samu e os socorristas, que confirmaram a morte da mulher, acharam estranhas as marcas pelo corpo da idosa.

Os socorristas acionaram a Polícia Militar, que chamou a perícia do Instituto de Criminalística. Depois da perícia no local, o corpo de Malvina foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba, onde foram feitos outros exames para confirmar o que havia acontecido. Apesar disso, já no registro de entrada do IML, a informação de agressão física já era colocada como causa da morte.

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Trecho do laudo comprova que Malvina foi mesmo agredida. Foto: Reprodução

Laudo definitivo

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Essa classificação, sobre agressão física, era uma informação preliminar, com a necessidade de confirmação pelo laudo definitivo, documento ao qual o filho de Malvina teve acesso nesta semana e que traz os detalhes que todos os familiares da idosa acreditavam. Segundo o documento, a mulher foi vítima de agressão.

O laudo informa que, no dia 12 de novembro, Malvina recebeu um total de 16 golpes pelo corpo. “Ela ainda teve, segundo o que consta no laudo, uma lesão no tórax, outra no crânio e também teve lesão num osso esquerdo, que provocou fratura”, denunciou Irineu.

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Com o laudo em mãos, a família agora quer que a Justiça seja feita. “A gente até suspeita de quem tenha sido, mas que foi assassinato a gente não tem mais dúvida. É claro que a gente não pode mais trazê-la de volta, mas o mínimo que podemos fazer é que o assassino seja preso”.

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Explicação falha

Segundo o filho de Malvina, a primeira versão contada pelos funcionários da casa de repouso era a de que ela teria se automutilado. “Mas ela tinha um braço e uma perna paralisados, por conta de um AVC que teve há alguns anos. Com isso, entendemos que ficaria difícil que ela se machucasse por conta própria”.

Irineu contou ainda que, depois das supostas automutilações, Malvina teria quebrado o braço ao tentar enfrentar o pessoal da casa de repouso que tentou contê-la. “Mas nós não acreditamos nessa versão, até porque agora com o laudo em mãos ficou tudo comprovado, né?”.

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Investigações

O filho de Malvina cobrou que a polícia trabalhe mais rápido e que as investigações sejam finalizadas. “Esse caso merece total atenção, principalmente pela brutalidade”, pediu Irineu. A Polícia Civil de São José dos Pinhais, que investiga o crime, por sua vez, informou à Tribuna do Paraná que ainda não recebeu o laudo, que está com o Instituto de Criminalística. Segundo a polícia, o delegado responsável espera receber o laudo para seguir com os trâmites das investigações. A reportagem tentou contato com a casa de repouso, mas, até o fechamento da reportagem, não foi atendida.

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