Antes de o policial militar Janerson Gregório da Silva fugir do Batalhão de Polícia de Guarda (BPGd), em Piraquara, na última segunda-feira (4), a namorada dele, a namorada dele, Karina Cristina Reis, miss Pinhais de 2016, já estava foragida. No sábado (2), ela rompeu a tornozeleira eletrônica que usava por determinação da Justiça. Ambos são acusados de sequestrar em São José dos Pinhais um empresário do ramo de comunicação e mantê-lo em cativeiro no bairro Jardim Botânico, em Curitiba. O sequestro aconteceu em agosto de 2017.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp-PR) confirmou que Karine não está mais com a tornozeleira, mas não se manifestou sobre a possibilidade de a miss e o soldado da PM terem planejado juntos a fuga.
A ex-miss foi presa dia 30 de agosto de 2017. Segundo a investigação, Karina teria planejado o sequestro com base nas informações privilegiadas que coletou enquanto trabalhava como secretária da vítima. Ela chegou a ficar detida na penitenciária de Piraquara, mas, por determinação da 2ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, pôde retornar para casa sob a condição de usar tornozeleira eletrônica.
Já o policial militar estava na corporação desde 2013. Assim como Karina, ele foi preso pela equipe do Tático Integrado Grupos de Repressão Especial (Tigre), grupo de elite da Polícia Civil especializado em sequestros, que agora ajuda a PM na captura do soldado. Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto para apurar se houve facilitação de outros policiais para que Silva escapasse do quartel em Piraquara.
Informações sobre o paradeiro do casal podem ser repassadas à PM pelo telefone 190 ou diretamente à equipe do Tigre pelo número (41) 3270-1950.
Relembro o caso
O crime começou na noite de 29 de agosto de 2017 e terminou na madrugada do dia 30. Na ação, um empresário de 30 anos, dono de um empreendimento do ramo de publicidade e comunicação, foi sequestrado em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, após um encontro marcado por um falso cliente. Eles amarraram a vítima e a levaram para a casa no Jardim Botânico em Curitiba.
De lá, entraram em contato com a esposa do empresário para exigir R$ 200 mil de resgate. A mulher acionou os policiais do Tigre, que acompanharam toda a negociação e conseguiu rastrear a movimentação do grupo. Todos foram presos no local do cativeiro. Além do soldado e da modelo, os policiais também prenderam a mãe dele por conivência com o crime.
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